Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pediatra explica o jeito certo de aplicar protetor solar no bebê

Nesta última semana, um bebê australiano de três meses foi internado após ter uma grave reação alérgica a um protetor solar infantil.

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 jan 2023, 12h58 - Publicado em 12 jan 2017, 20h46

Nesta última semana, um bebê australiano de três meses foi internado após ter uma grave reação alérgica ao protetor solar infantil produzido pela organização sem fins lucrativos Cancer Council Australia. Na embalagem, o produto apresentava desenhos da personagem de desenho animado Peppa Pig.

Jesse Swan, a mãe do pequeno, utilizou sua conta no Facebook para alertar outras pessoas sobre o que havia ocorrido e publicou uma foto de seu filho. A postagem já contabilizou mais de três mil curtidas e dez mil compartilhamentos.

Leia mais: Menino autista sofre desidratação após seu copo favorito estragar

A criança precisou passar três dias no hospital para que conseguisse se recuperar. Muita gente não sabe, mas reações alérgicas e até pulmonares podem ser acarretadas com o uso do protetor solar em bebês.

A convite de CLAUDIA, o pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein, Dr. Jorge Huberman responde as principais dúvidas sobre como proteger os filhos da incidência dos raios solares, prevenção e o que fazer em casos como este.

Veja também: Estudo expõe que bebês devem dormir no quarto dos pais até um ano

CLAUDIA: A partir de qual idade as crianças podem começar a usar protetor solar?

Dr. Jorge Huberman: O uso de 95% das marcas de protetores solares infantis somente são aconselhados a partir dos 6 meses, apenas um ou dois são indicados para bebês com idade inferior. Mas pode ser extremamente perigoso porque a pele de uma criança novinha é super sensível e não se sabe de prontidão a quais substâncias ela pode ser alérgica. Até cremes hidratantes, colônias e amaciantes de roupas podem desencadear reações alérgicas. Já atendi um caso de uma mãe que sempre passou no seu bebê uma determinada marca de protetor, mas durante uma viagem, precisou passar uma camada de repelente para protegê-lo dos mosquitos, e essa mistura gerou uma alergia na pele do filho. Por isso, indico sempre aquelas roupas com proteção solar, um boné, para proteger o rostinho. Desta forma, a criança estará super protegida.

Há algum teste que pode ser feito anteriormente para prevenir grandes erupções alérgicas no corpo do bebê?

O mais indicado é que as mães ou responsáveis passem o produto em um pedacinho bem pequeno — de preferência um pouco abaixo do peito da criança — e espere de uma a duas horas, porque essas reações alérgicas demoram para acontecer. É fundamental que os familiares sempre confiram a data de validade, pois um dia desses estava na farmácia e vi um protetor solar em promoção. Ele estava vencido e quando os funcionários viram, tiraram da gôndula. A empresa pode até ser multada pela Vigilância Sanitária se os itens estiverem na área de venda.

Qual é a importância de consultar um pediatra antes de optar pelo filtro solar adequado?

É fundamental que os familiares sempre se informem com pediatras e até dermatologistas para receber orientações corretas sobre o que fazer. Também é importante estar atento ao histórico da família de desenvolver alergias. Porque existem crianças que não apresentam uma reação cutânea, mas sim, pulmonar, como asma, por exemplo. Ou seja, só de inalar o produto, elas já podem desenvolver complicações. Portanto, o teste deve ser feito com todo e qualquer substância que entre em contato com a pele do bebê. No caso de perfumes infantis, indicamos que as mães borrifem nas roupas para evitar problemas. Outro item que os pais precisam começar a prestar mais atenção é o talco, que pode até causar pneumonia. Durante a aplicação, o bebê aspira aquilo e pode ter uma reação pulmonar, que inicialmente pode ser apenas uma inflamação, mas que, dependendo do caso, pode virar uma infecção grave. Por isso, tenho indicado talco líquido que, pelo seu estado físico, não desencadeia esses problemas.

Vamos supor que aconteça um episódio semelhante ao ocorrido na semana passada. Neste caso, qual seriam as medidas de emergência que devem ser tomadas?

Primeiramente, lavar bem o local com água fria e corrente e não passar nenhum tipo de produto — nem mesmo sabonete — até levar o pequeno a uma unidade de emergência. Seguir exatamente as indicações do médico, caso a criança precise tomar um anti-alérgico específico ou passar apenas uma pomada na região do corpo que desenvolveu a alergia. E a partir dali, sempre fazer o teste antes de passar qualquer produto na pele do pequeno. Já atendi casos de reações pela grande quantidade de amaciante na roupinha do bebê, porque eles transpiram muito. Então é fundamental que os familiares, num geral, incluindo tias, avós, fiquem sempre muito atentos.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de R$ 12,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.