Intoxicação alimentar: tudo sobre a causa, sintomas, como cuidar e evitar
Conversamos com especialistas para entender sobre uma das doenças mais comuns do verão.
Com esse calorão que anda fazendo, se você se sentir mal, tiver dores abdominais, diarreia, enjoo, pode desconfiar de uma intoxicação alimentar!
Essa é a época do ano em que surgem mais casos, porque as altas temperaturas do verão facilitam a proliferação de microorganismos e dificultam a conservação dos alimentos. E comida em contato com bactérias, vírus ou parasitas fatalmente acaba nos contaminando.
As principais fontes de intoxicação alimentar são frutas, verduras, água, legumes, carnes, ovos, leites e derivados. Entenda as razões:
- Água de procedência duvidosa pode ter entrado em contato, previamente, com excrementos contaminados e até mesmo esgoto.
- A irrigação, extremamente necessária em plantações, se feita com água inadequada, pode contaminar o alimentos.
- Carnes malpassadas ou cruas podem conter bactérias, como a Salmonella – prefira alimentos bem cozidos, pois essas bactérias são eliminadas em altas temperaturas.
- Descuidos durante o preparo de refeições, como usar a mesma tábua e faca para cortar a carne crua e os legumes cozidos, podem gerar contaminações.
- Ovos e leite também são provenientes de animais e, assim como acontece com a carne, podem carregar bactérias, como a Salmonella.
- Laticínios, quando deixados expostos a altas temperaturas, fermentam facilmente, tornando-se perfeitos para a proliferação de bactérias.
Sintomas e tratamento
Os principais sinais da intoxicação alimentar são dores abdominais, disenteria, náuseas, vômitos, febre e desidratação. Esses sintomas têm duração variada, de acordo com tempo que o corpo humano demora para expulsar o agente contaminador.
Em casos mais leves, desaparecem em até 72 horas, mas é bastante comum que, principalmente em intoxicações de origem viral, a recuperação completa dure cerca de 10 dias.
Para aliviar os sintomas, beba bastante água (o ideal é ingerir pequenas doses de meia em meia hora), consuma alimentos leves e cozidos, priorize frutas como banana, maçã ou goiaba, e repouse bastante.
Se você sentir uma piora do quadro ou se a recuperação demorar demais, procure um médico. Se a intoxicação atingir crianças e idosos, melhor consultar um especialista mais rapidamente, pois esses grupos podem sofrer com sintomas mais graves.
O que fazer para evitar uma intoxicação alimentar?
Há uma série de coisas que você deve fazer para eliminar as chances de consumir algum alimento contaminado. Mas não vale escolher uma ou outra dica! O ideal é seguir todas.
- Lave as mãos sempre! Principalmente antes das refeições.
- Utilize álcool em gel como aliado para a higienização das mãos.
- Beba apenas água de filtro ou mineral comprada em lugares confiáveis.
- Armazene a carne crua de maneira que ela não entre em contato direto com outros produtos alimentícios.
- Lave bem os alimentos (verduras podem ser lavadas com hipoclorito de sódio ou água sanitária) e conserve-os em locais arejados e limpos.
- Deixe os utensílios de cozinha sempre limpos, em especial aqueles que entraram em contato com carnes cruas.
- Não consuma alimentos que estejam com aspecto diferente do comum ou que tenham ultrapassado a data de validade.
- Beba apenas leite pasteurizado ou fervido.
- Evite alimentos em conserva com embalagens amassadas ou danificadas.
- Sempre que tirar algo da geladeira para comer, guarde logo em seguida.
- Não consuma produtos deixados fora da geladeira por muito tempo.
Especialistas consultados: Dr. Renato Akiyama, gastroenterologista da Cia da Consulta, e Dr. Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista.