6 hábitos que ajudam a deixar sua pele livre de manchas
Não cutuque esse rosto, miga! E use filtro solar - além de outros cuidados que você descobre aqui.
Não importa o tom da pele: todas as pessoas estão sujeitas a ter manchas nela. Sem exceção.
Para entender por quê, é importante saber primeiro como os tons da pele se formam. A dermatologista Anelise Ghideti, da AE Skin Center de São Paulo, explica: “A cor da pele é dada pela mistura de quatro biocromos: carotenoides (amarelo), hemoglobina reduzida (azul), oxi-hemoglobina (vermelho) e melanina (marrom). A melanina é o principal determinante da coloração da pele. As variações de sua quantidade e distribuição determinam as diferentes cores da raça humana.”
Pois bem: é justamente a alteração na quantidade de melanina em uma determinada região do rosto ou do corpo, causada por fatores como exposição ao sol, tratamentos clínicos, doenças e uso de medicamentos e de anticoncepcionais hormonais, que faz com que as manchas surjam. “Elas podem ser hipercrômicas, ou seja, mais escuras que a cor da pele, ou hipocrômicas, mais claras que a cor da pele”, esclarece a dermatologista especialista em estética Larissa Viana.
E não há limites para as combinações de manchas e tons de pele. Fernanda Seabra, dermatologista especialista em cirurgia dermatológica e de mohs da Aliança Instituto de Oncologia, afirma que, embora a pele clara tenha mais tendência a sardas (melanose solar), elas podem surgir na pele escura. De igual maneira, o melasma, super comum nas peles escuras, pode tranquilamente se manifestar na pessoa de pele clara. As manchas brancas (leucodermia gutata), então, acometem todo mundo que se expõe ao sol sem a proteção adequada por muito tempo.
As três dermatologistas nos ajudaram a montar uma lista com os hábitos que ajudam a evitar as manchas de pele ou lidar com as que já existem.
Usar protetor solar diariamente
Saiba: o protetor solar é o melhor amigo da sua pele. Ao barrar a entrada dos raios UVA e UVB do sol nas partes expostas do seu corpo, ele ajuda a prevenir o câncer de pele, evita o envelhecimento precoce da pele (e, consequentemente, as linhas de expressão) e impede que a pele ganhe manchas.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que todas as pessoas usem protetor solar com FPS mínimo de 30, independentemente do tom da pele. Ele deve ser aplicado no mínimo duas vezes ao dia: uma logo pela manhã e outra no começo da tarde. Mas, se você estiver exposta diretamente ao sol, a reaplicação deve ser repetida a cada 3 horas.
Não cutucar cravos e espinhas
Espinhas e cravos devem ser tratados com produtos indicados por um/a dermatologista, não arrancados com uma espremida aqui, outra ali. Isso porque espremê-los causa inflamações, e toda inflamação cutânea pode resultar em manchas com a maior facilidade. Depois, para resolver o problema, só com um tratamento muito mais longo do que seria a permanência de cada espinha ou de cada cravo na sua pele.
Segure a onda, respire fundo, mas não cutuque a pele, por favor!
Usar cremes com os princípios ativos adequados
Ao lado do filtro solar, os cremes de tratamento são fortes aliados na manutenção da pele sem manchas. Os princípios ativos que você deve procurar nos rótulos são os ácidos retinoico, glicólico, ascórbico, azeláico, kójico e ferúlico, a vitamina C, a hidroquinona e o resveratrol.
Hidratar a pele
A pele hidratada é menos sensível e menos suscetível às agressões do sol – o que não significa, de maneira alguma, que seja uma pele que dispense o protetor solar.
Para manter a hidratação de sua cútis, comece prestando atenção à temperatura da água do banho, que não pode passar dos 37°C. Ao sair do banho, aplique um hidratante adequado ao seu tipo de pele (se precisar, conte com a ajuda do/a dermatologista para essa escolha). Espere que a pele o absorva e só então passe o creme de tratamento e, depois, o protetor solar.
Ah, a maquiagem só vem depois de todos eles, tá?
Tratar a causa da mancha de pele
Muitas manchas de pele são causadas por fatores hormonais (orgânicos ou de anticoncepcionais), pelo uso de medicamentos e por doenças (como câncer de pele ou diabetes). Se o fator sol for descartado – ou seja, se você se proteger adequadamente ao se expor aos raios UVA e UVB –, é importante verificar se as marcas de sua pele não têm a ver com isso. Converse com sua dermatologista e, se for necessário, passe por uma ginecologista ou endocrinologista para encaminhar o tratamento adequado para seu caso.
Consumir muitos alimentos ricos em carotenoides
O carotenoide diminui a oxidação causada pelos raios UVA e UVB e reduz as inflamações relacionadas ao sol, que ativam a hiperpigmentação. Os alimentos mais ricos em carotenoides são mamão, laranja, cenoura, abóbora, damasco e manga. Inclua-os na sua listinha de compras e em seu cardápio.