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Grávidas e lactantes não podem fazer mamografia; conheça as alternativas

Ultrassonografia (ou ecografia) e ressonância magnética são as melhores saídas para as mulheres nesas fases da vida.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 06h41 - Publicado em 19 out 2018, 07h30
Womans hands holding pink breast cancer awareness ribbon (Piotr Marcinski / EyeEm/Getty Images)
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A prevenção contra o câncer de mama por meio do autoexame mensal e da mamografia anual é importantíssima para a saúde da mulher, mas precisa ser alterada em dois períodos seguidos: a gravidez e a amamentação. “A radiação emitida durante a mamografia traz riscos de malformação fetal, de alterações no núcleo celular do feto”, explica o ginecologista e obstetra Alberto Guimarães.

O fato de as glândulas mamárias estarem maiores nessas fases é outro fator destacado pela ginecologista e obstetra Renata de Camargo Menezes como contraindicação para a mamografia: “A mama fica densa e o tecido mamário, exacerbado. A mamografia precisa de contraste entre gordura e tecido mamário para detectar nódulos, e nestas condições não consegue.”

Ultrassonografia ou ecografia: alternativa prática e viável

Checar a saúde das mamas por meio de ultrassonografia (também chamada de ecografia) é a alternativa mais prática e viável, na opinião dos especialistas. Alberto observa que “é um método fácil de ser encontrado por todo o Brasil, de baixo custo e radiação insignificante – até uma avenida movimentada e com trânsito tem mais radiação que uma ultrassonografia.”

Apesar de não detectar microcalcificações (normalmente benignas) que a mamografia pega com facilidade, a ultrassonografia consegue diferenciar gordura e tecido mamário nas mamas da gestante e da lactante – lembra que a mamografia não tem essa capacidade? –, além de nódulos e cistos, como esclarece Renata.

Ressonância magnética: mais cara, porém muito precisa

Para quem tiver disponibilidade financeira e acesso a instalações médicas bem equipadas, a ressonância nuclear magnética das mamas é uma alternativa à mamografia.

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Renata apenas avisa que o método pode ser desconfortável para quem estiver com um barrigão ou com mamas bastante cheias. “O tempo e a posição são bem incômodos, mas ela detecta tudo que seria detectado pela mamografia e pela ultrassonografia”, diz.

Como fica o autoexame na gestação e na lactação?

Os ginecologistas afirmam que a eficácia do autoexame fica limitada durante a gestação e a lactação, pois há a tendência de achar que texturas do espessamento da mama sejam nódulos.

De toda forma, vale a pena continuar fazendo o reconhecimento das mamas e das axilas nesses meses todos (mesmo quando não há menstruação, pois isso não é impeditivo para o surgimento de algo que mereça ser investigado). A prevenção e a detecção em estágio inicial são as melhores armas contra o câncer de mama.

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