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Estudo revela que mulheres dormem muito mal depois dos 40

Especialista explica que má qualidade do sono é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças no coração

Por Da Redação
Atualizado em 4 out 2017, 18h03 - Publicado em 4 out 2017, 16h00

Uma pesquisa recente publicada nos Estados Unidos, realizada pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, concluiu que uma em cada três mulheres com idades que variam de 40 a 59 anos dorme, diariamente, um período inferior a sete horas.

O estudo, realizado com 2.800 mulheres e encabeçado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Departamento de Saúde Norte-Americano, também revelou que 19,4% das participantes têm dificuldades para dormir em quatro ou mais noites a cada semana. Além disso, metade não se sente completamente descansada após acordar quatro ou mais vezes por semana.

Uma noite bem-dormida é fundamental para o bom funcionamento do corpo e pode, sim, prevenir doenças. Por outro lado, a falta de sono muitas vezes ocasiona diversas complicações. As causas da má qualidade do sono são muito diversas e, quando somadas, podem desencadear vários distúrbios, como a apneia, que é caracterizada pela oscilação da respiração durante a noite, de modo que ela pode parar e voltar várias vezes.

Estresse, ansiedade, obesidade, sedentarismo, problemas respiratórios e o uso desmedido de celulares e tablets são alguns dos  fatores desencadeantes, além do consumo exacerbado de cafeína ou de outros alimentos pesados, dificilmente digeridos de noite.

Por isso, é fundamental que haja a prática do que especialistas chamam de “higiene do sono”, isto é, a adoção de hábitos saudáveis na hora de adormecer. “A higiene do sono é um grande equalizador para deixar esse momento tão importante em equilíbrio. O conceito está diretamente relacionado à luz”, conta Fátima Dumas Cintra, especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e professora de  cardiologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp).

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A médica também explica que a melatonina, hormônio produzido pela glândula pineal, localizada na região central do cérebro, é responsável por fazer essa sinalização, baseada na percepção de claro e escuro. “Quando estamos no escuro, produzimos esse hormônio. A luz elétrica fez com que perdêssemos a qualidade do sono, por isso a luminosidade do celular e do computador prejudica esse sistema do cérebro. Então, é fundamental que usemos o quarto como um local para dormir e não fiquemos, durante a noite, com o celular em mãos, como muita gente faz, até ‘pegar no sono’”, esclarece.

A má qualidade do sono e o surgimento de doenças cardíacas

A cardiologista também explicou que a chegada da menopausa, mais precisamente do “calorão” característico dessa fase, está relacionado ao aparecimento de doenças cardíacas. Estudiosos da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, descobriram que pacientes que se queixavam, regularmente do sintoma, possuem os vasos sanguíneos mais contraídos e que dificilmente se expandem — um pontapé e tanto para o desenvolvimento de cardiopatias, como são chamadas as doenças do coração.

A cardiologista esclarece que, embora, a cardiopatia possa acontecer em qualquer idade, quando ocorre em pessoas mais jovens, não está relacionada à doença arterial coronária, na qual a artéria sofre um entupimento por depósito de gordura, que restringe a passagem do sangue.

O aparecimento de doenças cardíacas em mulheres com idade avançada é justificável visto que os hormônios produzidos pelo corpo feminino antes da menopausa têm um efeito protetivo. “Geralmente, os homens têm maior predisposição, mas depois da menopausa, a incidência começa a equiparar, ocorrendo uma prevalência bastante semelhante nos dois na sexta e sétima década de vida”, pontua.

A Dra. Fátima reitera que as doenças do coração desenvolvidas a partir da má qualidade do sono estão ligadas, em sua maioria, a quadros de hipertensão. “A chamada ‘pressão alta’ estará mediando todas essas doenças e poderá catalisar o aparecimento de arritmias, insuficiências cardíacas e até mesmo infarto agudo do miocárdio. Por isso, é fundamental que as mulheres que se encontram nesse grupo de risco e que não possuam uma boa qualidade do sono monitorem, com frequência, sua pressão arterial”, recomenda.

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Como se proteger?

Visto que o aparecimento de doenças do coração está intimamente ligado ao estilo de vida dos pacientes, é fundamental que as mulheres tenham hábitos mais saudáveis.

“Dormir de sete a oito horas por noite e aplicar métodos da higiene do sono, além de manter o peso controlado, proporcionado por uma alimentação rica e variada e pela prática regular de atividades físicas. Não comer alimentos muito pesados no jantar ou fazer lanches gordurosos de noite, evitar hábitos nocivos à saúde como o tabagismo e ingerir muita cafeína são dicas-chave para dormir melhor”, indica.

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