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Escócia torna gratuito o fornecimento de produtos de higiene menstrual

Conquista é resultado de uma campanha que transformou a maneira como a menstruação é discutida no país

Por Da Redação
25 nov 2020, 10h00
 (Karolina Grabowska/Pexels)
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A Escócia acaba de oficializar que é o primeiro país do mundo a tornar gratuito o fornecimento de produtos de higiene menstrual. Aprovada de modo unânime nesta terça-feira (24), a Lei de Produtos Menstruais torna responsabilidade das autoridades locais a disponibilização de absorventes e outros artigos de higiene para todos que deles precisarem.

A conquista é fruto de uma campanha de quatro anos, que transformou a opinião pública sobre a menstruação e ganhou apoio nacional. Para Monica Lennon, porta-voz do Partido Trabalhista escocês, que encabeçou a campanha, este é “um dia de orgulho para a Escócia”.

“Isso fará uma diferença massiva nas vidas de mulheres, meninas e de todos que menstruam”, declarou ela ao The Guardian. “Já houve um grande progresso em nível comunitário, por meio das autoridades locais, para dar a todos a chance de uma dignidade menstrual”.

Monica explicou que houve uma enorme mudança na maneira como a menstruação é discutida pela sociedade e políticos escoceses. Hoje, por exemplo, já é comum no país que estabelecimentos comerciais como restaurantes, pubs e até clubes de futebol ofereçam os produtos por inciativa própria.

“Alguns anos atrás, nunca haveria uma discussão aberta sobre a menstruação na Câmara de Holyrood e agora é um assunto dominante. Os parlamentares têm gostado de fazer parte disso, e é algo que abrange a menopausa, endometriose, bem como os tipos de produtos que usamos e sua sustentabilidade”.

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Um dos impactos da pandemia foi a intensificação da pobreza menstrual, ou seja, a dificuldade de acessar e custear mensalmente produtos sanitários. Tal problema acaba por afetar não apenas a higiene, mas também a saúde e o bem-estar de quem o enfrenta.

Com custos estimados em cerca de 8,7 milhões de libras por ano, a lei manterá a decisão que determina que escolas e universidades também ofereçam os produtos de graça, o que já havia sido definido em 2017 pelo primeiro-ministro Nicola Sturgeon.

Monica afirmou que esse progresso na Escócia está sendo observado de perto por ativistas de todo o mundo. “No meio de uma pandemia global, essa é uma importante mensagem de que ainda podemos colocar os direitos das mulheres e meninas no topo da agenda política.”

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O que falta para termos mais mulheres eleitas na política

 

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