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Sua menstruação está irregular? Pode ser culpa da poluição

Pesquisa francesa indica que partículas finas entram na circulação sanguínea e podem afetar cérebro e ovários

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 jul 2020, 10h43 - Publicado em 26 jan 2020, 07h29

Poluição faz mal. Esse não é um fato novo. Afeta todo o corpo, causando disfunções e levando a problemas graves de saúde. Os danos já foram ligados, inclusive, ao sistema reprodutivo, com indícios de que a exposição prolongada afetaria o desenvolvimento do feto, assim como provocaria partos prematuros. Agora, um novo estudo indica que a absorção de micropartículas de poluição do ar na corrente sanguínea pode afetar também o ciclo menstrual das mulheres. O estudo é do epidemiologista ambiental Rémy Slama, que comanda um departamento no Instituto de Biociências Avançadas em Grenoble, na França.

“Nos ovários, essa absorção de micropartículas de poluição causa influência direta na atividade da enzima conhecida como aromatase, relacionada à produção do estradiol, hormônio responsável pela liberação de óvulos pelos folículos ovarianos. Os gases poluentes também atuam no eixo hormonal hipotálamo-pituitária-adrenal ou eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, que também é um hormônio responsável por causar alterações nos ciclos menstruais quando em níveis muito baixos ou muito elevados. Com isso, a mulher pode ter problemas de fertilização no futuro“, explica a ginecologista Fernanda Nassar, de São Paulo.

Os pesquisadores pediram para mulheres que não tomavam anticoncepcional recolherem amostras de urina durante um mês – a duração média do ciclo menstrual. Foram 184 participantes. Os dados de poluição foram recolhidos frequentemente através de estações de medição locais. O resultado foi uma alteração na duração da fase folicular, deixando-a mais longa. Essa fase é a primeira do ciclo. Começa quando a mulher menstrua e vai até o início da ovulação – em média, 15 dias.

Não foram identificadas alterações na fase lútea – que corresponde da ovulação (indicada pelo aumento de progesterona) até a próxima menstruação – e nem na duração da menstruação.

“Apesar do estudo não afirmar que podem acontecer mudanças nesta fase ou que a duração dela também possa apresentar qualquer tipo de alteração, é importante ter um acompanhamento regular com o seu médico para detectar até que ponto a menstruação vem sendo afetada pelos fatores externos aos quais estamos expostos diariamente, como a poluição”, acrescenta Fernanda.

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