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Em cima da balança, eis a questão: existe peso ideal?

Não dá para calcular saúde só pelo número da balança ou pela continha do IMC.

Por Andressa Heimbecher Soares (colunista)
Atualizado em 21 jan 2020, 17h06 - Publicado em 10 nov 2015, 10h08
Thinkstock (/)
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Subir na balança é fácil na teoria, mas, na prática, só pensar nisso pode tirar o sono de muitas de nós. “Existe peso ideal? Qual o MEU peso ideal? Ter sobrepeso é bom ou ruim?” São muitas as perguntas que rondam a cabeça de quem tem medo da balança.

Nos últimos anos há um intenso debate no meio científico para tentar responder essas e outras perguntas sobre o assunto.

A discussão esquentou quando um estudo publicado na conceituada revista médica JAMA – Revista da Associação Médica Americana – sugeriu que uma pessoa com sobrepeso poderia viver mais do que pessoas com obesidade graus 2 e 3 e também que pessoas com peso normal. Isso porque, segundo o estudo, o sobrepeso apresentaria riscos menores à saúde.  

O resultado foram manchetes no mundo inteiro questionando se realmente haveria benefícios em se manter o peso normal, algumas até sugerindo que a população deveria tender para o ganho de peso como forma de proteção à possíveis doenças. Mas calma lá: isso não é verdade.

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É fato confirmado que o ganho de peso gera consequências negativas à saúde, como diabetes, pressão alta, aumento dos níveis de colesterol e risco de infarto e derrame. É importante saber que este estudo utilizou apenas o IMC (índice de massa corporal), um cálculo simples, para obter os resultados.

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Não foi utilizado o percentual de gordura corporal, a quantidade de gordura dentro do abdome (a visceral) que é mais danosa à saúde, nem os níveis de colesterol e açúcar para fazer a previsão do risco de saúde destas pessoas.

Para saber o seu índice de massa corporal, basta dividir seu peso em quilos pelo quadrado da sua altura, em metros (por exemplo, se você pesa 60 quilos e mede 1,65m, você multiplica 1,65 x 1,65 = 2.72 e divide seu peso por esse número: 60 ÷ 2,72 = 22.05). O resultado é um número que irá ajudar a dizer se você está dentro ou fora do seu peso.

Porém o IMC não deve ser o único parâmetro avaliado para quem está fora do peso. Esse índice não diferencia gordura de músculos. A maior quantidade de tecido gorduroso define uma elevação de alguns riscos importantes para a saúde, como colesterol, diabetes e problemas cardíacos.

É fundamental avaliar caso a caso, e o cálculo do IMC sozinho não basta. Além disso, alguns problemas, como o mau funcionamento da tireoide, podem facilitar o ganho de peso. Tudo deve ser investigado, a partir inclusive dos exames clínicos recomendados para cada faixa etária.

O peso ideal é aquele peso em que a pessoa não apresenta limitações para sua qualidade de vida. Deve ser definido analisando diversos aspectos: o peso na balança, a composição corporal com quantidade de gordura e massa muscular, os exames de sangue, a capacidade de mobilidade articular (se há restrições de movimentação com o peso), se o peso altera a qualidade de sono ou gera doenças como diabetes e pressão alta. 

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Ah, e também é preciso considerar um outro fator importante: sua felicidade com seu peso, por que não?

E para terminar, que tal um “novo” IMC?

I de Individualizar para cada pessoa
M de Medida
C de composição corporal

Individualizar a Medida de Composição corporal

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