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Desafio Baleia Azul: jogo de suicídio acende alerta para os pais

Game retomou o debate sobre problemas emocionais e psicológicos na adolescência e início da fase adulta

Por Isabella Marinelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 abr 2017, 16h01 - Publicado em 11 abr 2017, 14h33
 (Reprodução/Reprodução)
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Você já ouviu falar sobre o Desafio da Baleia Azul? Do inglês, Blue Whale, esse é o nome de um jogo de suicídio online que vem ganhando destaque na imprensa internacional por, supostamente, vitimar mais de 100 jovens na Rússia.

Leia também: Suicídio entre jovens é real, mas “jogo da Baleia Azul” é falso

Segundo a BBC do Reino Unido, não há dados oficiais que relacionem diretamente as mortes ao game, entretanto, o assunto reacendeu o debate sobre os índices de depressão e suicídio entre jovens. Como contamos na reportagem “Vidas Abreviadas”, da CLAUDIA de abril, as taxas de suicídio cresceram mais de 60% nos últimos 25 anos. O número cresce ainda mais na faixa etária dos 15 aos 29 anos: sã0 5,6 mortes a cada 100 mil. “Diariamente, segundo dados oficiais, 32 pessoas põe um fim à vida”, conta o sociólogo Julio Jacopo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.

No Desafio da Baleia Azul, o “participante” aceita uma maratona de desafios que dura 50 dias. Durante este período, além de provas pré-estabelecidas, ele também recebe instruções de um curador — que os investigadores acreditam se tratar de uma pessoa mais velha, altamente persuasiva, também responsável por convidar as pessoas.

As mensagens com novas missões chegariam sempre às 4h20, seja diretamente ou por postagens de conteúdo subliminar nas redes sociais. Assistir a filmes de terror indicados pelo mentor do desafio, subir no telhado de um prédio alto e cortar a própria pele seriam algumas delas. Ao fim dos dias, a meta derradeira: tirar a própria vida.

baleia-azul
Imagem atribuída ao jogo “Blue Whale” (Reprodução/Reprodução)
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Para especialistas, o viral atinge jovens que só precisam de um estopim para o suicídio. Isso significa que, muito antes disso, a pessoa em questão já dá sinais de problemas emocionais e psicológicos.

“Não se deve banalizar ou julgar a tentativa como um recurso para chamar a atenção. Na vida conturbada de um adolescente, o ato precisa ser tomado como um marco a partir do qual se iniciam ações destinadas à proteção e à qualidade de sua vida, incluídas as de saúde mental”, esclarece o psiquiatra Neury José Botega, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Veja algumas mudanças comportamentais que devem ser observadas:

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. Alterações significativas na personalidade ou nos hábitos;
. Comportamento ansioso, deprimido ou agitado;
. Queda no rendimento escolar;
. Perda ou ganho repentinos de peso;
. Mudança no padrão de sono;
. Tristeza, irritação e acessos de raiva combinados
. Comentários autodepreciativos ou desesperançosos em relação ao futuro;
. Demonstração clara ou velada do desejo de pôr fim à vida.

Nossa redatora-chefe Bel Moherdaui conversou com a psiquiatra Ivete Gattas sobre o assunto, veja:

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