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Carência de vitamina D na gravidez pode estar ligada ao autismo

Pesquisa apontou que carência de vitamina D nas primeiras semanas de gravidez aumenta a chance do bebê apresentar traços de autismo.

Por Da Redação
14 dez 2016, 18h17

Pesquisadores australianos encontraram uma ligação entre a deficiência de vitamina D durante a gravidez e autismo: mulheres grávidas que apresentaram carência da vitamina até a vigésima semana de gestação tinham mais chances de ter filhos que desenvolvem traços de autismo quando crianças.

A descoberta leva a questionamento sobre a necessidade de receitar vitamina D para as mulheres durante a gravidez, da mesma forma que o ácido fólico. “O estudo fornece evidências de que a carência de vitamina D está associada a distúrbios no desenvolvimento neurológico”, disse o professor John McGrath do Instituto do Cérebro da Universidade de Queensland ao jornal britânico The Guardian. Ele liderou a pesquisa junto com Henning Tiemeier o Centro Médico Erasmus na Holanda.

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McGrath disse que suplementos podem reduzir a incidência de autismo, um transtorno neuro-psiquiátrico, onde o indivíduo tem uma percepção sensorial desorganizada que afeta diretamente corpo e mente. “Nós não recomendaríamos mais tempo de exposição ao sol, porque isso aumentaria o risco de câncer de pele em países como a Austrália”,  disse, “Em vez disso, é possível que um suplemento de vitamina D seguro, barato e acessível ao público em grupos de risco possa reduzir a prevalência desse fator de risco”.

A vitamina D é obtida pela exposição ao sol, mas também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos. Sua importância para a manutenção da saúde dos ossos já é conhecida, mas o estudo aponta uma ligação entre a substância e o desenvolvimento cerebral.

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A ausência de vitamina D é diagnosticada via exame de sangue. Amostras que contenham menos de 25 nmols de vitamina D são consideradas carentes na substância.

O professor Andrew Whitehouse, especializado em autismo e desenvolvimento infantil, disse ao Guardian que os resultados do estudos não são surpreendentes, porém, importantes. “Existem centenas de mecanismos diferentes que podem levar ao autismo. Este estudo nos dá uma ideia de um dos possíveis mecanismo, mas antes de tirarmos qualquer conclusão precisamos ver replicações da pesquisa”, ressaltou.

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