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Candidíase no verão: estação facilita a proliferação dos fungos

A infecção vaginal pode ser amenizada com auxílio da alimentação, como aponta ginecologista. Saiba quais cuidados tomar

Por Lorraine Moreira
Atualizado em 15 nov 2022, 11h27 - Publicado em 15 nov 2022, 08h26

Coceira, ardor e corrimento esbranquiçados são sintomas sentidos pela maioria das mulheres em alguma fase da vida. O motivo? Pode ser candidíase, uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans, que é encontrado na pele e no trato digestivo de pessoas saudáveis. Ele deixa de ser inofensivo e passa a trazer riscos quando encontra características  favoráveis à sua multiplicação, como calor, estresse, baixa imunidade do corpo, entre outros.

Uma época propícia para a proliferação do fungo é o verão, quando a vagina fica mais quente e úmida, segundo a ginecologista Larissa Cassiano. O canal elástico conta com particularidades capazes de neutralizar o problema, mas nem sempre isso acontece, especialmente quando há uso de antibióticos ou hormônios, consumo demasiado de açúcares e deficiência imunológica, explica a especialista.

“O contato com a água do mar ou da piscina também favorecem a mudança do PH da região, o que pode levar a produção de um fluido vaginal que facilita a infecção da parte íntima”, afirma Larissa. É também na estação mais ensolarada do ano que as pessoas vão com mais frequência às praias ou entram em locais com água, por isso a necessidade de redobrar a atenção no verão.

Ao contrário do que muitos pensam, a candidíase não é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Na verdade, o fungo habita naturalmente o organismo feminino, basta um desequilíbrio na flora vaginal ou uma multiplicação excessiva para a Candida entrar em ação. Exatamente por isso, é tão recorrente entre mulheres ‒ 75% delas podem ter em algum momento da vida, de acordo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).

Candidíase de repetição

A candidíase de repetição, também conhecida como candidíase recorrente, é quando a pessoa é diagnosticada pelo menos quatro vezes em um ano com o problema. Isso é mais comum do que se imagina: 40% das mulheres têm o diagnóstico da infecção frequentemente.

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Quando o problema não é solucionado nas primeiras tentativas, é necessário rever seus costumes higiênicos e de saúde, por exemplo. Nesses casos, “o tratamento precisa ser mais agressivo, fazendo uso de medicamentos antifúngicos, além do auxílio de banhos de assento, podendo também envolver necessidades de mudanças nos hábitos alimentares, vestimentas adequadas, prática de atividade física, higiene rigorosa entre outros”.

Alimentação

O açúcar favorece a diminuição do PH da vagina e, por isso, ele é um dos agentes causadores da infecção, segundo a especialista. A sobrevivência das bactérias boas também entra em risco, uma vez que a urina tende a diminuir conforme o aumento do consumo do componente. Carboidratos refinados e massas que levam fermento biológico no geral geram o mesmo efeito.

A frutose, açúcar das frutas, é mais uma preocupação para as mulheres, que não devem deixar de comer esse tipo de alimento. Na verdade, a indicação é observar os rótulos dos industrializados, que muitas vezes fazem uso dele. Em caso de dúvidas sobre o que cortar na sua dieta, consulte um nutricionista e fale sobre o problema com a Candida.

Aliados contra a candidíase são: tomilho, orégano, alho, cebola, sementes de abóbora, óleo de coco extravirgem, romã lactobacilos, verduras, folhas verde-escuras, legumes, alcachofra, lichia, alcachofra e prebiótico. 

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Tenho candidíase! O que fazer?

A exposição à infecção causada pelo fungo Candida albicans fica maior com o calor, o estresse, a baixa imunidade do corpo, o uso de antibióticos e hormônios, entre outros. As motivações são tantas que não é tão difícil ser diagnosticada. Mas quando você desconfia que possui o problema, deve fazer o que?  

Segundo a médica, “o tratamento deve ser feito depois de receber uma orientação médica, mas ele é simples, e geralmente faz o uso de medicamentos, via oral ou local, ou pomadas que diminuem a quantidade de fungos”. Para ela, o primeiro passo é procurar um ginecologista, que vai avaliar e dar início ao processo. “A falta de um especialista pode complicar o quadro”, completa.

Para evitar a candidíase, é indicado “evitar o uso de roupas que aumentem a umidade e o calor na região íntima, impedir o contato da região com substâncias que causem alergia e irritação como talcos, perfumes, sabonetes, lenço umedecido ou desodorantes íntimos, e manter boa higiene”. 

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