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Beber café em excesso pode mesmo matar? Ciência explica

Morte de adolescente por "overdose" de cafeína gera preocupação - mas será que é para tanto?

Por Giovana Feix
Atualizado em 20 jan 2020, 13h33 - Publicado em 24 Maio 2017, 11h45
Café
Café (Imagem: Ile Machado/MdeMulher)
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No último mês, os Estados Unidos ficaram chocados com a morte de um adolescente de 16 anos após uma “overdose” de cafeína. O mais impressionante de tudo? Ele só tinha ingerido, em um período de duas horas, três bebidas cafeinadas: um café com leite, um refrigerante e um energético.

Isso deixou muita gente se perguntando quantos cafés deveríamos tomar em um dia só.

Afinal de contas, vamos combinar: o número três nunca gerou preocupação, no nosso ~termômetro~ mental sobre cafeína. Tem gente que toma mais de cinco xícaras por dia e está muito bem, obrigada.

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Pensando na nossa saúde, porém, é interessante entendermos o ponto em que o consumo dessa substância pode ser tornar perigoso.

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(Reprodução/Giphy)
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A verdade é que a cafeína ainda é uma substância um tanto misteriosa para a ciência. Segundo a revista The Atlantic, por exemplo, sabe-se que ela surge nas plantas para espantar insetos e animais herbívoros e que pode ser usada em diferentes funções na medicina. Mas, quando o assunto é este limite diário, ainda são levemente nebulosas as conclusões.

“A cafeína, o álcool e a maconha são drogas recreativas”, explica o toxicologista sueco Alex Wayne Jones em entrevista ao Vox, site norte-americano. “E a mais segura entre todas elas é a cafeína”. Mesmo assim, é preciso prestar atenção.

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Desde 2003, é de 400 mg (cerca de 3 xícaras de 150 ml de café) o limite de cafeína diária respaldado com mais força pela ciência – e Esther Myers, do Life Science Institute, resolveu recentemente verificar se este número deveria ser mantido. Ela examinou cerca de 700 estudos na área e descobriu que, na verdade, o limite de cafeína diária é bastante relativo.

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“Há uma grande variabilidade de pessoa para pessoa quanto à resposta do corpo à cafeína”, esclarece Myers em entrevista à The Atlantic. “Isso é uma das lacunas em minha pesquisa. Nós precisamos identificar melhor as diferenças entre as pessoas para conseguir identificar quem é mais sensível”.

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Em média, portanto, 400 mg de cafeína é uma quantidade segura – mas nem sempre é o caso. Para pessoas que não têm o costume de tomar café, por exemplo, podem surgir reações adversas, como o nervosismo ou a insônia.

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(Reprodução/Giphy)
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Em seu estudo, o toxicologista  Alex Wayne Jones descobriu que apenas 51 mortes causadas pela cafeína foram registradas entre 1959 e 2010. Ou seja: são raríssimos os casos.

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As complicações de saúde ligadas à substância, segundo o mesmo levantamento, também são raras. Quando consumida de forma líquida, ela não é tão perigosa quanto parece.

No caso do garoto norte-americano que morreu recentemente, é provável que seja a combinação entre a cafeína e outros elementos presentes nos energéticos o que causou a morte.

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Mas de uma coisa a gente sabe: cuidado nunca é demais, né?

 

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