14 alimentos perigosos para cães e gatos
Alguns alimentos da lista, apesar de serem benéficos na dieta humana, podem provocar até mesmo a morte dos pets
É quase impossível não dar uma besteira ou outra para os nossos bichos de estimação quando eles ficam nos observando comer com aquela carinha de piedade. E, em alguns casos, pode ser que isso realmente não provoque nenhum prejuízo notável à saúde deles. Todavia, existem certas comidas — que inclusive são consideradas saudáveis e benéficas ao corpo humano — que podem ser fatais. Aqui, você descobre 14 alimentos perigosos para para cães e gatos.
É o que explica a médica veterinária Tamires Garcia Liba, sócia-proprietária da Domiciliar Vets. “O que é comum para nós, em termos de alimentação, pode gerar intoxicação e danos severos aos animais”, afirma.
Spoiler: alguns são mais óbvios — como o chocolate — e outros definitivamente vão te surpreender. Confira:
Chocolate
Esse é o mais conhecido de todos, mas, mesmo assim, é sempre importante relembrar: “O chocolate possui teobromina, substância presente no cacau. Mesmo que ingerido em pequenas quantidades, pode causar problemas gastrointestinais e cardíacos severos. Ele também provoca vômitos, diarreia, hiperatividade, tremores e hipotermia.”
E, segundo a profissional, quanto mais amargo o chocolate, mais tóxico ele será para os cães e gatos. “É importante saber que a barra não é a única vilã. Qualquer alimento que contenha chocolate, seja em pó ou diluído no leite, deve ser evitado.”
Uva
Para nós humanos, a uva traz inúmeros benefícios, como a prevenção de problemas cardíacos e a melhora da saúde da visão. Mas para os bichinhos o efeito é bem diferente: “Essa fruta é responsável por causar uma lesão renal aguda nos pets, levando até mesmo a óbito. Portanto, evite completamente”, alerta.
Álcool e café
A médica veterinária explica que tanto o café quanto o álcool causam sinais clínicos semelhantes, pois interferem no sistema nervoso, causando sintomas como vômitos, tremores, incoordenação, agitação, taquicardia, crises epilépticas e (novamente) a probabilidade de óbito.
Cebola, cebolinha e alho
Tamires pontua que, apesar de serem alimentos naturais e extremamente consumidos por nós no dia a dia, a cebola, a cebolinha e o alho causam danos nos glóbulos vermelhos dos animais. “Em alguns casos, a ingestão pode levar até mesmo à anemia. Os sinais clínicos mais comuns de intoxicação por eles são cansaço, fraqueza, falta de apetite, taquicardia e síncopes.”
Nozes, noz moscada, castanha-do-pará e macadâmia
Por serem oleaginosas, possuem alto teor de gordura, provocando vômitos e diarreias. “No caso da macadâmia, o risco é ainda maior. Quando consumida pelos animais, pode gerar intoxicações severas, resultando em ataxia (dificuldade ou mesmo incapacidade de se manter a coordenação motora) e paresia de membros”, afirma.
Açaí
Assim como o chocolate, o açaí também possui teobromina em sua composição, gerando problemas gastrointestinais, agitação e intoxicação.
Ossos cozidos e assados
Segundo Tamires, os ossos cozidos devem ser completamente evitados: “Muitos veterinários recomendam que o cachorro tenha acesso a ossos crus para incentivar o ato de roer e lamber. Mas isso deve ser feito exclusivamente com eles crus”, diz.
O motivo? A partir do momento em que os assamos, alteramos a sua composição e textura. “Consequentemente, ao serem mastigados pelos bichinhos, os ossos que foram aquecidos ganham pontas. E, ao serem engolidos, podem gerar obstruções e perfurações nos órgãos, levando o pet a óbito”, avisa.
Adoçantes artificiais
A especialista afirma que todos os adoçantes artificiais alteram a microbiota dos animais. Contudo, um em especial é bastante danoso: “O xilitol tem alta toxicidade, causando vômitos e gastroenterite.”