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“A busca por ajuda não é um sinal de fraqueza”: Michelle Obama participa de campanha contra depressão

Primeira-dama dos Estados Unidos elogiou trabalho de Kate Middleton sobre saúde mental e participou de projeto para promover debate sobre doenças

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 18h53 - Publicado em 18 fev 2016, 13h52

Duas mulheres inspiradoras se uniram para promover o debate sobre saúde mental. Kate Middleton foi convidada para atuar como editora especial do portal de notícias online The Huffington Post UK por um dia. E envolveu Michelle Obama em seu projeto de conscientização sobre a importância do diálogo entre as famílias sobre depressão e ansiedade.

A duquesa de Cambridge e mulher do príncipe William convidou uma equipe da publicação para ir ao Palácio de Kensington e usou seu posto como editora convidada para destacar o trabalho realizado por professores, pais, pesquisadores e profissionais de saúde mental. Desde que se casou com William em 2011, Kate se tornou patrocinadora de instituições importante, entre elas a Place2Be, que oferece serviços de saúde mental e suporte emocional a escolas, atendendo mais de 67 mil crianças em 175 escolas por toda Grã-Bretanha.

Kate afirmou ainda que ela e William incentivarão os filhos, George, de dois anos, e Charlotte, de nove meses, a falar sobre os seus sentimentos e buscar apoio psiquiátrico, se necessário. “Nós esperamos encorajar George e Charlotte a falar sobre seus sentimentos, e dar-lhes as ferramentas e sensibilidade para serem fontes de apoio para os seus amigos quando eles envelhecerem. Sabemos que não há vergonha em uma criança lutando com suas emoções”, escreveu ela.

Convidada para participar do projeto, a primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama elogiou a iniciativa de Kate. Em seu artigo, revelou seu apoio às famílias que sofrem em silencio e narrou as iniciativas do governo americano para apoiar ações de amparo psicológico. “A Duquesa de Cambridge tem sido uma voz apaixonada em tantas questões importantes, e eu sou grata por ela usar seu dia como editora convidado para brilhar uma luz sobre a saúde mental, em particular a saúde mental das crianças e, por dezenas de milhões de pessoas que sofrem em silêncio”, escreveu.

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O texto de Michelle faz parte de uma série de artigos concebidos para estimular a conversa sobre saúde mental com as crianças e jovens, para que eles se sintam amados, valorizados e compreendidos.

Michelle contou a história do ex-combatente Ryan Rigdon. Ele entrou para a Marinha aos 20 anos e foi enviado ao Iraque pela primeira vez alguns anos mais tarde. Ele serviu em uma equipe que desarmava bombas. Uma de suas funções era fazer a varredura dos locais onde as bombas explodiram e realizar a triagem dos destroços em cenas de verdadeira carnificina. Em reconhecimento ao seu trabalho, Ryan foi premiado com uma Estrela de Bronze e uma medalha do louvor do exército.

Ryan retornou para casa e voltou ao convívio com a esposa e as duas filhas. Mas a guerra permaneceu com ele. O jovem sofria com dores de cabeça constantes, pesadelos, ataques de pânico e crises de ansiedade. Andava de madrugada em torno da casa pois acreditava que sua família estava em constante perigo. Ryan não conseguiu lidar com o trauma pós-guerra e logo chegou ao fim do poço. A depressão o levou a pensar em tirar a própria vida. Felizmente ele buscou apoio e seus colegas e recebeu o suporte necessário para retomar sua vida.

Em seu texto, Michelle afirmou que através de seu trabalho com membros do serviço e veteranos das forças ela percebeu que casos como o de Ryan não são poucos. “Como Ryan, alguns dos nossos herois  no campo de batalha retornam para casa com as feridas da guerra – tanto visíveis quanto invisíveis – mas hesitam em pedir ajuda”, disse.

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A ideia da primeira-dama é unir forças para honrar e apoiar os veteranos e famílias de militares. Ela resaltou ainda que dados apontam que a maioria dos ex-combatentes  não enfrenta quaisquer desafios de saúde mental, mas que é preciso lembrá-los sempre de que não estou sozinhos. Aproximadamente um em cada cinco adultos nos Estados Unidos sofrem de uma condição de saúde mental diagnosticável como depressão ou ansiedade. Esta realidade afeta a vida de mais de 40 milhões de americanos.

Para ela, preconceito e falta de conhecimento são os maiores obstáculos a serem vencidos quando se trata de saúde mental. “Infelizmente, com muita frequência o estigma em torno da saúde mental impede que as pessoas que precisam de ajuda a procurem. Mas isso simplesmente não faz qualquer sentido. Não importa se uma doença afeta seu coração, seu braço ou seu cérebro. Ela ainda é uma doença e não deve haver qualquer distinção”, afirmou.

 Ela ressaltou ainda que a forma como as doenças da mente são tratadas. “Nós nunca dizemos a alguém com uma perna quebrada que ele deve parar de reclamar da dor. Nós não consideramos tomar medicação para uma infecção no ouvido como motivo de vergonha. Portanto, não devemos tratar condições de saúde mental de forma diferente. Em vez disso, devemos deixar claro que a busca por ajuda não é um sinal de fraqueza – é um sinal de força – e devemos assegurar que as pessoas possam obter o tratamento de que necessitam.”

Como parte deste esforço, o governo americano lançou uma lista de cinco sinais para ajudar as pessoas a reconhecer quando alguém precisa de ajuda.  Agitação, isolamento, desesperança, declínio na higiene pessoal e mudança na personalidade podem ser indícios de que alguém está lidando com um problema de saúde mental. “Ao reconhecer estes sinais, podemos ajudar as pessoas que conhecemos a obter a ajuda de que necessitam, antes que seja tarde demais”, escreveu Michelle. “Precisamos aprender a identificar os sinais de problemas de saúde mental. Precisamos ter a coragem de ter conversas difíceis com os nossos amigos e familiares. E nós precisamos reconhecer que nossa saúde mental é tão importante quanto a nossa saúde física e começar a tratá-la dessa maneira”, finalizou a primeira-dama.

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