10 filmes que ajudam a entender como é a vida com depressão
E podem auxiliar quando você quiser dar um ombro ou uma mão para uma amiga que estiver sofrendo da doença.
A depressão é o transtorno de saúde mental que mais cresce e preocupa no mundo. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem da doença e até 2020 esta será a doença mais incapacitante do planeta. Por incapacitante entenda-se uma condição que impede que os pacientes consigam trabalhar e mesmo sair de casa.
Quem tem por perto uma amiga ou familiar que sofra de depressão muitas vezes quer ajudar, mas não sabe muito bem como. Aqui você encontra dicas de ouro nesse sentido:
Outra forma de desenvolver ferramentas para abordar com jeitinho a pessoa com depressão é fazendo um intensivão sobre a doença. Alguns filmes são verdadeiras aulas nesse sentido e valem cada segundo investido assistindo a eles. Selecionamos 10 deles para facilitar sua busca.
As Faces de Helen
Para começar, um filme ótimo que mostra que depressão não é sinônimo de tristeza ou fracasso e pode estar bem escondida em uma vida aparentemente “perfeita”. Aos olhos da sociedade, Helen tem tudo: é bem-sucedida no trabalho e vive um casamento feliz. Mas ela secretamente sofre de depressão, e quando não está sorrindo em festas e no escritório se questiona sobre o sentido de continuar vivendo. Sua sorte é que a família e os amigos acabam descobrindo tudo isso e formando uma rede de apoio para ajudá-la a se reencontrar.
As Horas
Três mulheres de três momentos históricos diferentes – ninguém menos que Meryl Streep, Julianne Moore e Nicole Kidman – têm depressão e tendências suicidas, além de uma relação íntima com o romance “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf. Ao longo de um dia que se passa em 1923, em 1951 e em 2001, entendemos como a depressão se manifesta de formas sutis ou escancaradas independentemente da era ou do estilo de vida da mulher.
A Liberdade É Azul
Na trilogia das cores do polonês Krzysztof Kieslowski, o azul representa a depressão. Logo, este é o tema do filme. Acompanhamos a história de Julie, uma mulher que desenvolve depressão e não vê sentido na vida depois de perder o marido e a filha. Cada vez mais isolada e sem interesse no mundo, ela precisa batalhar para conseguir se reerguer – e é por meio da música e das memórias do marido que começa esse caminho.
As Vantagens de Ser Invisível
Aqui conhecemos a depressão adolescente de Charlie, um rapaz cujo talento literário não é suficiente para fazê-lo lutar por seu emocional. Tudo muda para melhor quando ele faz dois amigos em um colégio novo e a dupla o cerca de acolhimento, pertencimento e força para enfrentar os mistérios da vida. É um filme que consegue ser ao mesmo tempo profundo e uma graça!
As Virgens Suicidas
Em que medida uma família disfuncional pode interferir na saúde mental de seus membros? Neste filme, estreia de Sofia Coppola como diretora, aprendemos um pouco sobre o assunto com a história de cinco irmãs super controladas pelos pais, impossibilitadas de avançar em interações com pessoas de fora e reprimidas se tentarem expressar qualquer sentimento, principalmente os negativos. Claro que o resultado disso é um quadro coletivo de depressão que só piora, pois não é tratada. Entende-se bem a importância de quadros depressivos terem acompanhamento médico.
Cake: Uma Razão para Viver
Claire é uma mulher continuamente cansada, que sofre de depressão e carrega traumas de um acidente de carro sobre o qual não gosta de falar. A única coisa que admite é que sente muitas dores crônicas no corpo, e por causa delas vai parar em um grupo de apoio. Aí conhecemos também suas facetas neurótica e hipocondríaca, além de detalhes que revelam por que ela é tão depressiva e isolada. Interessante para entender como pode ser difícil estender a mão para uma pessoa com depressão, mesmo que a doença esteja absolutamente visível.
Ela
Em um futuro distópico em Los Angeles, a depressão leva Theodore a se envolver emocionalmente com uma máquina depois do fim de um relacionamento. A ironia é que seu trabalho é escrever cartas lindas e emocionantes para outras pessoas – uma espécie de ghost writer pessoal –, mas, por dentro, não consegue resolver suas questões emocionais e mentais.
Garota, Interrompida
O filme se passa em 1967, mas mostra algo que acontece até hoje: como a falta de apoio para dificuldades psicológicas pode rumar para quadros de depressão. É assim com Susanna (Winona Ryder) e com todas as moças internadas no mesmo hospital psiquiátrico para onde foi mandada depois de ser diagnosticada (de forma muito suspeita) como borderline – o transtorno de personalidade limítrofe. Há casos de mitomania (pessoa que mente compulsivamente), distúrbio alimentar e auto-flagelação que poderiam ser tratados fora de um hospício de forma muito eficaz. Destaque, é claro, para Angelina Jolie, que ganhou um Oscar pela interpretação da sociopata Lisa.
Melancolia
Filme do meio da trilogia da depressão de Lars Von Trier (os outros dois são Anticristo e Ninfomaníaca), nele vemos a vida pela ótica e no ritmo da mente de uma pessoa com depressão. Trata-se de uma mulher que não encontra mais sentido na vida depois de saber que um planeta se aproxima da Terra e ameaça a existência de todos nós. As cenas em câmera lenta, a trilha sonora nada animada e a fotografia fantasiosa compõem um retrato bem fiel das sensações causadas pelo transtorno mental. Você vai entender bem melhor o que está se passando na cabeça de uma pessoa querida quando ela não quiser levantar da cama nem para tomar banho.
O Babadook
Antes de qualquer coisa, atenção: este é um filme de terror. O foco aqui é o impacto de uma depressão pós-parto não tratada na vida de uma mulher. Em clima tenebroso, o filme mostra a doença como uma entidade demoníaca que isola a personagem e seu filho de qualquer contato com o mundo exterior. Você tem uma amiga cujo comportamento tenha mudado demais no sentido da introspecção depois do nascimento de um filho? Considere a possibilidade de ela ter depressão pós-parto e a ajude a lidar com isso.