Youtuber surdo recria clipes em Libras e ganha like de Anitta
Gabriel Isaac reproduz os vídeos em seu Instagram e tem feito muito sucesso nas redes
O goiano Gabriel Isaac está fazendo sucesso nas redes por deixar o Carnaval ainda mais democrático. Em seu Instagram, o jovem recria clipes de músicas conhecidas em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Youtuber e animador de computação gráfica, Gabriel já fez versões de hits das cantoras Anitta, Lexa e Pabllo Vittar. O vídeo que publicou da música Terremoto, inclusive, foi republicado pela própria Anitta (dona da faixa, junto com o cantor Kevinho).
Algum tempo depois, foi a vez de Lexa reagir ao vídeo do jovem e compartilhar a versão criada por ele. “Estou em choque até agora”, brincou Gabriel, em entrevista ao G1.
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Ainda ao site, ele revelou que contou com a ajuda de um amigo para produzir o vídeo e sincronizar as imagens dele fazendo os sinais com as músicas escolhidas. Além disso, ele usa um aparelho auditivo retroauricular com o qual consegue ouvir a batida enquanto sente o ritmo e a vibração da música com o próprio corpo.
“Tivemos que estudar a letra e a mensagem que as músicas passavam para poder adaptar e traduzir para a Língua Brasileira de Sinais”, contou Gabriel. “Isso porque as estruturas semânticas e gramaticais da Libras são bem diferentes da estrutura da língua portuguesa. Depois foi só filmar e editar”.
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O canal de Gabriel começou quando ele ainda tinha 12 anos, mas acabou parando por um tempo. Voltou em 2016 e seu conteúdo era bastante variado, mas nada parecido com os clipes. No geral, ele produz vídeos sobre seu dia a dia, viagens e temas relacionados à comunidade surda e à surdez.
“Eu gosto de falar sobre esses assuntos para poder mostrar às pessoas que elas são capazes de fazer o que quiserem, independente de qualquer coisa”, disse. “Sempre tive vontade de gravar um vídeo em Libras na forma de um clipe ou algo parecido. Assim as pessoas poderiam aprender um pouco da nossa língua de um jeito divertido e entender que as pessoas surdas também podem consumir esse tipo de mídia.”
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