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Varíola dos macacos: OMS declara emergência de saúde global

Segundo o diretor-geral da OMS, mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, com cinco mortes

Por Da Redação
23 jul 2022, 13h42
Varíola dos macacos
Doença pode ser perigosa para gestante e bebê (|Foto: Marina Demidiuk/Getty Images)
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou neste sábado (23) a varíola dos macacos como emergência de saúde global. A decisão foi tomada após semanas de indefinição por parte dos especialistas diante da expansão da doença e do potencial risco de contaminação.

Mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, com cinco mortes, informou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. A partir da decisão, governos passam a ser solicitados a intensificar as ações de monitoramento. Para a agência, será necessária uma ação coletiva para lidar com a nova crise.

No Brasil, o primeiro caso foi registado no último dia 28 de maio: um homem de 41 que viajou à Espanha. Até então, o Ministério da Saúde contabilizou, 21.592 casos confirmados da doença. O Brasil está no ranking dos 10 países com maior número de casos. Após o anúncio da OMS, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai se reunir com técnicos neste sábado para debater o assunto.

varíola dos macacos
Varíola dos macacos provoca feridas no rosto e no corpo (Getty/Getty Images)

ENTENDA A DOENÇA

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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O nome monkeypoxse origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

SINTOMAS

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico deorthopoxvirusna ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.

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Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

VACINAÇÃO

A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

 

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