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Trote fez alunas jurarem ‘nunca recusar tentativa de coito de um veterano’

O episódio causou revolta e provocou protestos de grupos feministas 

Por Da Redação
6 fev 2019, 17h53

As calouras do curso de medicina da Universidade de Franca (Unifran) tiveram que fazer um juramento aos veteranos durante o trote, na última segunda-feira (4).  Ajoelhadas, elas juraram “nunca recusar uma tentativa de coito de um veterano” e também “nunca entregar meu corpo a nenhum invejoso, burro, brocha, filho da puta da odonto ou da Facef”.

O caso ganhou repercussão depois que um vídeo do ato foi divulgado em redes sociais. O episódio causou revolta e provocou protestos de grupos feministas de outros cursos da instituição e do Conselho Municipal da Condição Feminina de Franca.

O Conselho municipal publicou uma nota em que afirma que os estudantes se aproveitaram do momento de descontração para humilhar as jovens.

“Esse grupo de estudantes envergonha nossa cidade e, claramente, essa universidade de tanto prestígio […] Essa cultura machista que enfrentamos não pode ser considerada uma brincadeira, como foi vista por alguns alunos, mas sim uma violência. Um trote no qual as meninas tenham que fazer coisas humilhantes e que as coloca como objeto sexual é inaceitável, principalmente se pensarmos que os atores de tal ação podem ser nossos futuros médicos”, diz trecho do comunicado.

Repúdio

Depois que o caso tomou grandes proporções, a atlética do curso de medicina da Unifran, responsável pelo trote, publicou uma nota reconhecendo que o discurso é discriminatório e afirmou que irá reformulá-lo.

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“O juramento feito no trote acabou por gerar uma repercussão muito grande, e com razão. Reconhecemos o cunho ofensivo do discurso feito, o qual não possui autoria das entidades estudantis. Todos nós já estamos tomando providencias […] Junto ao grupo de apoio às mulheres e à comunidade LGBTQ+ do nosso curso nos propomos a reformular o juramento feito durante o trote de forma que não venha a ferir nenhuma pessoa em qualquer aspecto”, diz a atlética de medicina.

A Universidade alegou, por meio de um comunicado, condenar “quaisquer atos que incitem preconceito, homofobia, machismo, discriminação, constrangimento ou equivalentes, praticados por membros da comunidade universitária, em particular aqueles relacionados aos chamados trotes aplicados aos novos estudantes”.

A instituição disse ainda que os responsáveis pelos atos estão sendo identificados e serão punidos. As penalidades podem ser de advertência até a expulsão.

A OAB informou ao ‘G1’ que pedirá às autoridades de Franca que apurem “eventuais responsabilidades” em relação ao trote. O Ministério Público já instaurou um inquérito para investigar as medidas adotadas pela instituição em relação ao caso. O promotor Paulo César Correa Borges classificou o trote como ato machista, misógino e sexista.

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