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Tatuador é preso acusado de abusar sexualmente de inúmeras clientes

Caso aconteceu em Belo Horizonte e 15 denúncias já foram feitas

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h23 - Publicado em 31 mar 2019, 21h50

O tatuador Leandro Caldeira Alves Pereira, 44, foi preso neste domingo (31) em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, após a polícia receber uma denúncia anônima. Ele é suspeito de ter abusado sexualmente de ao menos 15 clientes do estúdio em que trabalhava na capital mineira. Ele é acusado de violação sexual mediante fraude, quando o agressor engana a vítima para cometer o abuso.

Uma das vítimas afirmou que o tatuador derrubou tinta em seus seios, o que foi desculpa para tocá-la. Outra afirmou que ele tocou em sua genitália. Segundo relatos, o tatuador às vezes colocava a cliente em posições constrangedoras, afirmando que a pose facilitaria a tatuagem.

Durante a reportagem exibida pelo Fantástico neste domingo, os advogados de Leandro mandaram uma nota afirmando que a prisão é infundada e que a inocência dele será provada no curso do processo.

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Em entrevista ao programa, uma das vítimas relata que, ao procurar o tatuador para cobrir uma cicatriz na barriga, ele informou que seria preciso que ela tirasse a calcinha antes do procedimento. “Ele perguntou se eu poderia tirar a calcinha. Eu achei um pouco estranho e falei: ‘mas não dá só pra eu abaixar?’ Ele: ‘seria melhor se você tirasse’. Eu não duvidei. E eu tirei a calcinha. Ele apoiou a parte do lado da mão bem em cima da minha vagina e começou a tatuar”, contou ela.

O caso aconteceu em 2016. A sessão durou quatro horas e a mulher chegou a ser alertada por uma amiga. “A gente não preparada. A gente não sabe o que é abuso ainda”, afirma. 

Ester Gavendo, diretora de uma associação que representa 30 mil estúdios de tatuagem, alerta que, durante uma sessão como esta, a mulher não precisa tirar a roupa íntima. “Pode-se baixar ela. E mesmo assim, colocar, ali, um tecido ou um pano para que proteja a intimidade do cliente.”

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Mãe impedida de acompanhar a filha durante sessão

O Fantástico também exibiu outros relatos de vítimas do tatuador. Uma mulher conta que foi impedida de entrar na sala com a filha, na época com 16 anos, durante uma sessão de tatuagem. A jovem também afirma ter sido abusada.

A mãe da vítima já tinha feito tatuagem com Leandro e levou a filha ao seu estúdio pois confiava em seu trabalho. “Ele não deixou eu subir com ela para lá. Mas como a gente tinha uma confiança eu falei: ‘não, tá tudo bem, tudo tranquilo’.” 

Segundo o relato, durante a segunda sessão da filha, na qual a mãe estava presente, o tatuador teria colocado a mão da jovem entre suas pernas. “Ela falou que sentiu ele se masturbando com a mão dela. Eu estava junto. Pra você ver como ele é tão sutil. Do lado, eu não percebi.”

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Outro caso foi relevado pelo programa. A vítima afirma que Leandro manteve seu corpo encostado em suas costas durante toda a sessão.

Gavendo condena o comportamento relatado. “O tatuador, realmente, precisa tocar você pra fazer o procedimento da tatuagem, porém, ele não precisa estar tão próximo do seu corpo,” afirma. Ela ainda destacou que o tatuador não pode impedir a presença de um acompanhante durante a sessão.

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40 casos relatados na Internet

A história que levou à prisão do tatuador começou com publicações nas redes sociais de Duda Salabert, professora de literatura e ativista. Sua postagem recebeu mais de 100 respostas.

“Desses 100 relatos, o que me chamou a atenção é que quarenta foram especificamente sobre esse tatuador com dread, no estúdio Tattoo Reggae. (…) Relatos pesados, com violências sexuais”, disse Duda ao Fantástico.

Desde o dia 19 de Março, 15 mulheres já registraram boletim de ocorrência contra o tatuador. De acordo com a delegada Larissa Mascotte, da Polícia Civil de Minas Gerais, as provas contra ele até agora são contundentes.

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