Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super Black Friday: Assine a partir de 7,99

STF mantém absolvição de homem que esfaqueou mulher “em defesa da honra”

O Supremo Tribunal Federal entendeu que a decisão do júri, em 2017, é soberana e não pode ser alterada

Por Da Redação
1 out 2020, 11h30
 (beest/ThinkStock)
Continua após publicidade

A 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou, na última terça-feira (29), a absolvição de um homem que tentou matar a ex-mulher a facadas. No júri, que aconteceu em 2017, a defesa sustentou que o ataque estava amparado na “legítima defesa da honra”, argumento que ganhou apoio unânime dos jurados na ocasião. As informações são da Agência Estado.

Os ministros do STF entenderam que a decisão pelo tribunal do júri é soberana e não pode ser alterada. A votação no tribunal terminou em 3 a 2 a favor da manutenção da absolvição, com Marco Aurélio Mello, Dias Toffoli e Rosa Weber votando a favor. Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso foram contra.

Entenda o caso

A tentativa de feminicídio aconteceu em maio de 2016. Um homem atacou a ex-companheira com uma faca, uma semana depois de ter se separado dela, alegando que desconfiava que a mulher estaria tendo um caso com um outro homem, segundo a Agência Estado.

O agressor permaneceu detido até o dia do julgamento, em 2017. Na ocasião, a defesa do rapaz argumentou que a ação do acusado foi em “legítima defesa da honra” e que a ex-mulher “estava fazendo sacanagem com ele”, se referindo à suposta traição, ainda de acordo com a agência de jornalismo.

O argumento da defesa ganhou apoio unânime entre os jurados, o réu foi absolvido e solto após o julgamento. O Ministério Público, então, apresentou recurso ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, pedindo a anulação do Júri que não deve ocorrer com a decisão do STF.

Continua após a publicidade

Na última instância, o relator Marco Aurélio alegou que “a lei maior assegura a soberania dos veredictos” e, por isso, a decisão não poderia ser alterada. Já Barroso, que votou pela anulação, afirmou que não gostaria de viver em um país em que os homens pudessem matar as mulheres por ciúmes e saírem impunes.

“Se chancelarmos a absolvição de um feminicídio grave como esse pode parece que estamos passando a mensagem de que um homem, ao se sentir traído, pode esfaquear a sua mulher, tentando matá-la em legítima defesa da honra ou seja lá em que tese se possa definir. Não parece que no século 21 essa seja uma tese que possa se sustentar”, argumentou o magistrado.

O que falta para termos mais mulheres eleitas na política

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.