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Frases xenofóbicas contra brasileiros são pichadas em muros de Portugal

Mensagens racistas pedem que "pretos voltem para África" e "zucas para as favelas"

Por Da Redação
30 out 2020, 18h00
 (Reprodução/Twitter)
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Três escolas e uma universidade de Lisboa amanheceram nesta sexta-feira (30) com seus muros pichados com frases racistas e xenofóbicas, atacando imigrantes brasileiros e africanos que vivem em Portugal.

Circulando nas redes sociais, as imagens mostram frases como “Europa para europeus” e “Morte aos pretos! Por uma faculdade branca” rabiscadas nas paredes das instituições. Na Escola Secundária da Portela, a pichação diz aos “pretos” e “zucas” (gíria para se referir aos brasileiros que moram no país) que “voltem para África” e “para as favelas”.

Em nota, a Universidade Católica Portuguesa (UCP), um dos locais vandalizados, repudiou o ato, o classificando como um crime público, e afirmou tê-lo denunciado ao Ministério Público.

A universidade rejeita este ato, que atenta contra os princípios basilares do que a universidade enquanto espaço de abertura e diálogo representa”, escreveu a reitora Isabel Capeola Gil, garantindo que a instituição é contra “qualquer forma de discriminação social, de raça ou sexo”.

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Em suas redes sociais, a Associação de Estudantes do Instituto Universitário de Lisboa (AEISCTE-IUL) se disse chocada com o ocorrido e manifestou solidariedade para aqueles que tenham se sentido diretamente visados pela situação.

“Este tipo de ações são repugnantes e vão contra todos os nossos valores, bem como os de um ensino superior inclusivo e que procura construir futuros cidadãos mais ativos e conscientes”, escreveu. “Atos racistas não podem ser tolerados ou confundidos com liberdade de expressão, pois colocam em causa a existência e dignidade humana.”

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O Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, também se manifestou contra o vandalismo, declarando que não se pode acreditar que, em pleno 2020, “ainda haja primarismo deste tipo”. “Não podemos parar de denunciar que estas atitudes estão cada vez mais legitimadas por pessoas que, tendo crescido em democracia, suspiram, discursam e anseiam pelo regresso a um qualquer regime de que têm saudades sem nunca terem conhecido”, disse.

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