Professor de catequese é acusado orgias com crianças de 4 a 10 anos
Atualmente foragido, o homem teria feito ao menos 20 vítimas nas últimas duas décadas e foi denunciado por estupro pelo próprio sobrinho
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o paradeiro do professor de catequese José Antônio Silva, de 47 anos. Ele é acusado de ter estuprado ao menos 20 crianças nas últimas duas décadas e está foragido há pouco mais de dois meses, quando começaram as investigações. Ele não tem defesa constituída.
José Antônio foi denunciado pelo próprio sobrinho, hoje com 30 anos, a quem ele teria abusado na infância. Até o momento, 12 vítimas – das quais apenas uma é do gênero feminino – já prestaram depoimento contra o professor. Todas são familiares de José e tinham entre 4 e 10 anos quando os estupros ocorreram. A polícia também possui informações sobre outras seis vítimas, que ainda não procuraram a delegacia.
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Acima de qualquer suspeita, José Antônio dava aulas preparatórias para a 1ª comunhão na paróquia Divino Espírito Santo, no Guará 2. Além disso, também atuava como professor em uma escola de futebol local. Morando na casa dos pais por quase 40 anos, ele mudou-se de lá somente após se casar.
Segundo o delegado-adjunto Douglas Fernandes de Moura, “os abusos começaram ainda quando ele morava com a mãe: levava as crianças para lá quando não havia ninguém. Depois de casado, aproveitava os momentos em que a mulher estava fora para violentar as crianças”. “Ele fazia penetração anal e os obrigava a fazer sexo oral. Chegou ao ponto de obrigar dois irmãos a fazerem sexo oral um no outro. Como os abusos aconteciam na presença de mais de uma criança, um acabou sendo testemunha da outra”, disse Moura ao Metrópolis.
Ainda de acordo com Moura, José Antônio e a esposa estiveram casados por mais de oito anos e estavam em fase de separação, pois ela teria descoberto os supostos abusos praticados por ele.
As investigações apontam que as violações paravam quando as vítimas atingiam 10 anos de idade e já podiam entender a situação.
As primeiras informações sobre a localização de José Antônio diziam que ele estava abrigado na casa de uma irmã. Contudo, os policiais não o encontraram no endereço.
“A gente trabalha com a hipótese de familiares estarem acobertando. Se isso estiver ocorrendo e for comprovado, eles podem responder criminalmente”, explica o delegado.
A equipe de investigação busca supostos vídeos e fotos que o acusado teria gravado enquanto realizava os abusos. Em depoimento, uma das vítimas contou ter recebido de presente um quebra-cabeças com fotos de crianças nuas. “Não encontramos essas imagens. Se ele as tinha, ou ocultou, ou destruiu”, afirma Moura.
A vítima mais recente de José Antônio é um menino de 4 anos, que teria sido violentado em dezembro de 2018. A polícia espera que, com a divulgação do caso, mais pessoas busquem a delegacia nos próximos dias.
Denúncias
Informações sobre o paradeiro de José Antônio podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia da PCDF, por meio do telefone 197. Além dele, os outros três canais de denúncia são:
Site da corporação: www.pcdf.df.gov.br
Email: denuncia197@pcdf.df.gov.br
WhatsApp: (61) 98626-1197
É garantido total sigilo quanto a identidade do denunciante.
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