Agência Brasil/Reprodução
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher , CLAUDIA lembra as vítimas do crime de feminicídio no Brasil, país onde a cada hora 536 mulheres são agredidas. Algumas não conseguem escapar. São mães, esposas, avós e trabalhadoras anônimas que tiveram a vida ceifada de forma brutal pelo simples fato de ser mulher.
Ao longo de todo o dia, personalidades femininas emprestam suas vozes para narrar histórias que comovem, indignam e fazem pensar: até quando seremos mortas? São crimes bárbaros cometidos por companheiros – de pouco tempo ou de uma vida toda – submersos em uma sociedade machista que custa em parar de enxergar a mulher como propriedade.
Relatos como o das irmãs Horbach, que ganhou narração da chef Paola Carosella: Rafaela, de 15 anos, Juliane, 23, e Fabiane, 12, foram exterminadas por Jackson Lahr, namorado de uma delas que não aceitava o fim do relacionamento. Ou o de Shirley Souza, contado pela atriz Lua Xavier: com apenas 16 anos, a adolescente foi esganada pelo namorado José Ramos dos Santos, de 23, porque ele desconfiava que o bebê que ela esperava era de outro.
Que este 8 de março seja um marco do fim da violência contra a mulher para que histórias como essas não se repitam.
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Carol Sandler, do @financasfemininas, narra a morte de Mariza e da filha, assassinadas em casa. “Em São Carlos, no interior paulista, Iza Prado começou a sentir um cheiro muito forte vindo da casa da vizinha, Mariza Barreto Borges, de 40 anos. O motivo ela só descobriu quando a polícia chegou. O corpo de Mariza estava no quarto, em avançado estado de decomposição. O da filha de 18 anos, Larissa Borges, foi encontrado no banheiro. Larissa teria tentado defender a mãe em uma briga com o padastro, Renato Bafura do Carmo. Ele pegou a filha de oito anos do casal, a deixou na casa da avó e fugiu. Antes, confessou para a própria mãe que estava com ciúmes de Mariza, que desconfiava de uma traição e que por isso a matou a facadas. A mãe de Renato o denunciou para polícia e ele foi preso." * Hoje, relembramos mulheres que morreram por serem mulheres. #diainternacionaldamulher #eutenhodireito
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A jornalista @carlavilhenaa narra a morte de Thaís de Andrade, assassinada pelo namorado. "Era uma gostosa noite de Carnaval em Borborema, cidade de pouco mais de 15 mil habitantes no interior de São Paulo. A balconista Thaís de Andrade, de 29 anos, foi com o namorado, Anderson Urich, assistir ao desfile. Eles estavam com a filha adolescente dela e, na volta, deixaram a jovem com os avós e foram juntos pra casa. Houve uma discussão e, pouco depois, Anderson fugiu do lugar. Ele avisou o pai que tinha feito uma besteira, machucado a namorada. O homem foi até a casa para socorrê-la, mas já era tarde. Encontrou Thaís caída no chão, com marcas no pescoço, estrangulada. Anderson foi preso. Thaís entrou nas estatísticas de feminicídio.” Relembramos hoje mulheres que morreram por serem mulheres. #diainternacionaldamulher #eutenhodireito
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A atriz @luaxavier relata o assassinato de Shirley Souza, de 16 anos, morta pelo namorado. “Shirley Souza, de 16 anos, estava grávida de seis meses. Esperava uma menininha e já tinha até escolhido o nome que daria para a primeira filha: Nayara. Mas nem ela nem a bebê sobreviveram ao companheiro de Shirley, o ajudante-geral José Ramos dos Santos, de 23 anos. José alegou que assassinou a namorada adolescente por desconfiar que a filha que ela esperava não era dele. Para matá-la, foi até a casa dela, a esganou e asfixiou. Depois, cortou o pescoço de Shirley com uma faca e postou a foto da cabeça da namorada no Facebook. Pegou o crânio e colocou dentro de uma mochila. Levou até uma delegacia da capital paulista e confessou o crime violento. José foi preso e condenado.” Relembramos hoje mulheres que morreram por serem mulheres. #diainternacionaldamulher #eutenhodireito
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@paolacarosella conta o assassinato das três irmãs Horbach, em Santa Catarina. “Em fevereiro de 2017, Gilvane Meyer fingiu a própria morte após ter sido esfaqueado 17 vezes por Jackson Lahr, seu ex-cunhado, no interior de Santa Catarina. Ele conseguiu sair de casa para pedir ajuda a um vizinho e sobreviveu. A mesma sorte não tiveram as três mulheres da família, as três irmãs Horbach, de 12, 15 e 23 anos. Naquele dia, Jackson arrombou a porta da casa da namorada Rafaela, de 15 anos, e a matou. Mãe do seu filho de dois meses, ela queria terminar o relacionamento. Jackson também matou a irmã dela, Juliane, de 23 anos, por que ela era contra o namoro. A caçula da família, Fabiane, estava apenas visitando a casa, mas também foi morta com um facão. Em 2019, Jackson foi condenado a 101 anos de prisão por triplo feminicídio.” * Relembramos hoje mulheres que morreram por serem mulheres. #diainternacionaldamulher #eutenhodireito
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A jornalista e empreendedora @natalialeiteoficial fala de Elza, morta pelo homem com quem viveu 40 anos. “Elza Formighieri, de 66 anos, ia ao trabalho de bicicleta todos os dias na cidade de Corbélia, no Paraná. Em 18 de fevereiro, foi perseguida por um homem de carro e tentou entrar em uma igreja para se esconder. Não conseguiu. Ela levou quatro tiros saídos de um revólver calibre .38. O homem que a matou foi Elizeu Morshheiser, de 74 anos. Elza foi casada com Elizeu por 4 décadas e ele é pai dos seus dois filhos. O casal se separou em novembro, depois de um episódio de violência doméstica. Elizeu nunca aceitou o fim do relacionamento. Após assassinar a ex-esposa, Elizeu cometeu suicídio.” Hoje, relembramos mulheres que morreram por serem mulheres. #diainternacionaldamulher #eutenhodireito
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A humorista @tiamaoficial conta o caso de Helem, morta pelo homem com quem se relacionou por 14 anos. "Helem Moreira, de 28 anos, vivia uma boa fase: havia acabado de se formar em pedagogia e dava aulas na cidade de Vera Cruz, na Bahia. Na madrugada do dia 9 de junho de 2017, vizinhos ouviram gritos e pedidos de socorro vindos da casa dela. O sogro, que mora perto, foi ver o que estava acontecendo. Quando chegou, encontrou o filho, Angelo da Silva. Ele ignorou o pai e fugiu de carro. Havia acabado de matar Helem, com quem se relacionou durante 14 anos, a facadas. O motivo? Ciúmes, disse ele à polícia. Quando foi morta, Helem fazia um trabalho justamente sobre o feminicídio da mulher negra na Ilha de Itaparica. Antes de concluir, ela própria entrou para as estatísticas." * Relembramos hoje mulheres que morreram por serem mulheres. #diainternacionaldamulher #eutenhodireito
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