Papa Francisco autoriza o perdão do aborto
E essa é apenas uma - de muitas - das suas mudanças que prometem mudar a história da humanidade
A fim de promover uma igreja menos autoritária e mais inclusiva, o Papa Francisco concedeu, nesta terça, permissão a todos os padres para perdoar formalmente as mulheres que fizeram abortos e buscarem o perdão. O pedido foi feito a partir de uma carta e vale a partir do início do Ano Santo da Igreja Católica, que começa em dezembro deste ano.
Na doutrina católica, o aborto é um pecado tão grave que aquelas que o realizam são excomungadas. Mas o Papa avisa que o perdão só será cedido para quem se disser arrependida.
“Conheço bem as condições que as conduziram a esta decisão. Sei que é um drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres que levavam em seu coração uma cicatriz por esta escolha sofrida e dolorosa”, escreveu o Papa. “O perdão de Deus não pode ser negado a qualquer um que tenha se arrependido”, ressalta o pontífice.
E ele completa: “O drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, que parece não se dar conta do grave dano do ato, mas muitos outros, ao contrário, ainda que vivam esse momento como um fracasso, consideram não ter outras vias a percorrer”.
Ou seja, aos olhos do Papa, o perdão é só para aquelas que ainda condenam a prática e depois se arrependem. CLAUDIA apoia a iniciativa do pontífice. Aqui, acreditamos que qualquer restrição só pode se relacionar com a moral individual – e cada mulher tem o direito às suas próprias crenças. E que suas decisões possam ser amparadas legalmente, com total direito à cobertura médica.