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Nicholas Sparks: “Tem um pouco de mim em cada história”

O americano Nicholas Sparks já vendeu mais de 100 milhões de livros no mundo todo. Prestes a lançar seu 19o romance no Brasil e com outro chegando aos cinemas, ele falou com exclusividade a CLAUDIA

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 19h33 - Publicado em 20 fev 2016, 07h00
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Ele escreveu o primeiro livro aos 18 anos e o segundo aos 22, mas não publicou nenhum dos dois. “Só queria saber se era capaz”, conta o americano Nicholas Sparks. Na época, seguia firme como vendedor de produtos farmacêuticos. Foi só aos 28 anos que tomou coragem e levou a sério a missão de elaborar um romance memorável. Acertou em cheio: Diário de uma Paixão passou 55 semanas na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times e virou filme de sucesso com Ryan Gosling e Rachel McAdams nos papéis principais. Em abril, Sparks, 50 anos, vem ao Brasil para o lançamento de seu 19o livro, See Me (ainda sem título em português), pela Arqueiro. E, neste mês, acompanha a estreia mundial de sua 11a história a chegar ao cinema. A Escolha, aliás, é produzido pela empresa do próprio autor, que resolveu faturar (mais) com seus romances água com açúcar. Por telefone, de sua casa, na Carolina do Norte, Sparks falou sobre seu acelerado processo de criação (ele lança quase um livro por ano), da inspiração para as histórias e da relação com os cinco filhos.

Seus livros são sucesso no mundo todo. Qual o segredo para cativar tantas pessoas diferentes?

Os personagens são reais, agem como eu e você. O leitor se reconhece e compreende a emoção antes mesmo de ela ser mencionada. Também há quem leia porque aspira um amor daqueles ou porque sente que a própria história ganha fôlego.

De onde surge a ideia para uma trama?

De qualquer lugar: uma conversa entre estranhos na rua, uma memória. Normalmente, começa com um detalhe, como a vontade de escrever sobre um amor em meio à guerra. A partir disso, penso no cenário, nos personagens…

Fala de vivências pessoais?

Tem um pouco de mim em cada livro. Sou um romântico. Também sou empático e observador, gosto de ouvir os outros contarem casos.

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Você virou uma espécie de guru do amor. É parado na rua por fãs querendo dividir histórias?

Já aconteceu muito. Mas sou contra dar conselhos. Então vou falando de cara que, apesar de escrever sobre amor, não sei a resposta para fazê-lo dar certo.

E como fala de amor com seus filhos?

Sou sincero. Minha filha queria pintar o cabelo de azul. Eu disse: “Sua aparência reflete quem você é. O que o azul diz? Eu não sairia com você”. Ela entendeu o recado (risos).

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