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“Não se nasce homem, torna-se”

O feminismo é bom para os homens também? O psicólogo Benedito Medrado, fundador do Instituto Papai, acredita que sim

Por Da Redação
Atualizado em 15 abr 2024, 13h25 - Publicado em 22 set 2017, 15h47
Benedito Medrado é finalista na categoria Eles por Elas do Prêmio CLAUDIA (Pablo Saborido/CLAUDIA)
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Homens não nasceram para cuidar de filhos. Isso é papel das mães. Será? Há duas décadas, o psicólogo Benedito Medrado, que concorre ao Prêmio CLAUDIA na categoria Eles por Elas vem batalhando para derrubar este e outros mitos sobre a masculinidade.

É dele a última lista da série de posts em que os finalistas da nova categoria apontam os motivos pelos quais acreditam que o feminismo é bom para todos, inclusive os homens. Confira a seguir:

“Porque o projeto feminista por uma sociedade democrática com justiça social possibilita relações mais fluidas e prazerosas entre as pessoas e, consequentemente, existências mais saudáveis.

Porque é preciso reconhecer que, como nos ensinou Simone de Beauvoir, ‘Não se nasce mulher, torna-se mulher’. Do mesmo jeito, podemos dizer que  ‘não se nasce homem, torna-se’!  O feminismo pode ajudar os homens a refletir sobre seus processos de socialização e sociabilidade, baseados em ordenamentos sexistas, como também a refletir sobre como se instituem, naturalizam-se e se valorizam certos atributos culturalmente considerados masculinos.

Porque o feminismo abre os olhos dos homens para perceberem, criticamente, seu lugar no processo de reprodução das desigualdades e, consequentemente, pode ajudá-los a pensar formas de contribuir para mudar essas formas diversas de opressão.

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Porque o feminismo nos provoca a pensar os privilégios e as privações que uma sociedade machista produz para a vida dos homens e, consequentemente, abre possibilidades de mudança.

Porque os homens adoecem e morrem, na maioria das vezes, em função da necessidade de responder a expectativas de um modelo machista de sociedade: aquele que diz que ‘ser homem’ é ser naturalmente violento. Ao desnaturalizar os papéis sexuais, o feminismo abre possibilidades para os homens romperem com esses processos de socialização e ressignificarem padrões de gênero que os oprimem;

Porque as relações entre homens e mulheres não são definidas sempre a partir da dicotomia ou da heteronormatividade. Elas são diversas e atravessadas por diferentes marcadores sociais. O feminismo nos provoca a pensar estratégias de solidariedade não apenas com companheiras, mas também com mães, filhas, amigas, colegas de trabalho etc.

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Porque a crítica feminista rompe com a tradicional divisão sexual do trabalho, mas também com divisão sexual das relações de cuidado, abrindo possibilidades para o exercício do cuidado (de si e dos outros) também pelos homens, ampliando seu potencial humano.

Porque, ao longo da história, muitos homens contribuíram para o projeto feminista em prol de uma sociedade mais justa, por meio de manifestações públicas e ações coletivas.

Porque o feminismo amplia nossas leituras sobre sexualidade e reprodução, permitindo aos homens uma leitura mais aberta sobre orientação sexual e identidades de gênero, sem preconceito ou discriminação.

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Porque o feminismo pode contribuir para romper com o processo de militarização dos corpos masculinos, que resulta em formas diversas de produção e reprodução de violência, desde a violência doméstica e familiar, mas também a violência urbana e, principalmente, conflitos armados entre países orquestrados por interesses econômicos.”

Confira os motivos mencionados pelos outros finalistas da categoria Eles por Elas: Avanildo Duque da Silva e Leandro Andrade.

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