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Mulher fica alérgica ao esperma do marido para conseguir engravidar

Aos 33 anos, Kathryn Berrisford já havia sofrido 4 abortos espontâneos quando resolveu recorrer a um controverso tratamento

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h05 - Publicado em 8 abr 2019, 17h29

A britânica Kathryn Berrisford sofreu quatro abortos espontâneos até seus 33 anos. Nenhum médico conseguia explicar os motivos de suas gestações não terem prosperado e recomendavam que ela continuasse tentando.

Depois do 4º aborto, Kathryn resolveu consultar alguns amigos que trabalhavam em uma clínica de fertilidade. Depois de fazer alguns testes, ela descobriu que seu marido, Joss, tinha o mesmo antígeno específico que ela em seu sistema imunológico. Por isso, seu corpo não reconhecia o esperma como algo estranho e a gestação não conseguia ser concluída.

Sabendo disso, Kathryn e Joss resolveram fazer um tratamento que possivelmente faria com que eles conseguissem ter filhos. A imunoterapia com linfócitos paternos (IPL) consiste em retirar uma amostra do sangue do homem, isolar seus glóbulos brancos em laboratório e então injetar as células no corpo da mulher.

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Depois do procedimento, quando os espermatozoides e o óvulo se juntaram novamente, o corpo da britânica entendeu que o embrião era um corpo diferente e ela conseguiu ter seu primeiro filho. A IPL foi feita em 2004 e o casal teve dois filhos.

“Basicamente, eles me tornaram alérgica ao esperma do meu marido para engravidar”, contou Kathryn à BBC.

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Controvérsias

Ainda que tenha trazido muitos resultados positivos para diversas mulheres, o tratamento é cercado de polêmicas. A FDA, a agência de vigilância sanitária dos EUA, proíbe o procedimento, que também não é recomendado pela OMS e pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.

No Brasil, o procedimento foi caracterizado como experimental em 2016 e só deve ser realizado para fins de pesquisa. Devido às proibições, muitas mulheres vão ao México ou a outros países latinos para conseguir fazer a imunoterapia.

Geralmente, as injeções são dadas antes da gravidez e custam em torno de US$ 1 mil (R$ 3,9 mil), mas, em alguns casos, é necessário que a mulher receba mais doses durante o início da gestação, o que pode custar mais US$ 1,5 mil (R$ 5,8 mil).

Para Raphael Stricker, especialista do centro médico Alan Beer, pioneiro do tratamento dos EUA, a questão de liberação da IPL é mais política que científica.

Ele conta que uma paciente teve uma reação adversa ao tratamento e que, por isso, foi iniciado um estudo para investigar o procedimento. No entanto, o estudo utilizou glóbulos brancos coletados no dia anterior em vez de recém-colhidas, e isso fez com que seus componentes não estivessem ativos e que o resultado não fosse o esperado.

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Os críticos do procedimento afirmam que  a imunoterapia não reduz as chances de aborto espontâneo e que não há estudos científicos suficientes que garantam que o método é seguro. Alguns estudos ainda dizem que ele pode causar alguns tipos de infecções.

Hoje, com filhos de 11 e 12 anos, Kathryn continua compartilhando sua história para que mais mulheres que passam pelo mesmo problema conheçam o método, ainda que controverso.

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