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“Minha irmã é semente e vai frutificar agora”

Vou sair todo dia para não deixar que a denigram, disse sobre a vereadora Marielle Franco

Por Patrícia Zaidan
Atualizado em 21 mar 2018, 01h34 - Publicado em 20 mar 2018, 20h23
Anielle Silva, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, durante ato no Rio de Janeiro (AF Rodrigues/CLAUDIA)
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O ato em memória de Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, na Candelária, no Rio de Janeiro, foi marcado pelo discurso enfático da irmã da vereadora, Anielle Silva. “A gente nunca foi patrocinado por p* de traficante nenhum. Vou sair todo dia para não deixar que denigram a minha irmã. Para todos que denigrem minha irmã, eu desejo luz e informação. Cresci pulando corpo na rua para ir à escola. Minha irmã é semente e vai frutificar agora.” Ágatha, viúva de Anderson, também falou no carro de som.

O Marielle Vive! começou na Candelária por volta das 17h30 com gritos de “Por Marielle, eu digo não à intervenção” e seguiu para a Cinelândia. Nos vários discursos, três tônicas essenciais: enaltecer a coragem de Marielle Franco, fortalecer que os presentes multipliquem o sentido que a vereadora deu ao seu mandato popular e exigir apuração rápida e rigorosa dos responsáveis pelo crime.

público
Público na Cinelândia em ato em homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes (AF Rodrigues/CLAUDIA)

A manifestação terminou pouco antes das 22h, com um ato ecumênico comovente, que reuniu várias lideranças religiosas: frade, rabino, pastores evangélicos, representantes de matrizes africanas e do islamismo. Uma orquestra tocou músicas como “Apesar de Você”, “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores” e “O Bêbado e o Equilibrista”.

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ato ecumêmico
Representantes de religiões em ato ecumênico em memória de Marielle Franco e Anderson Gomes (AF Rodrigues/CLAUDIA)

 

PLACA DE RUA

Uma placa da avenida Rio Branco foi simbolicamente trocada por outra, com o nome de Marielle Franco, em homenagem à vereadora. A mensagem dizia “Rua Marielle Franco (1979-2018). Vereadora, defensora dos Direitos Humanos e das minorias, covardemente assassinada no dia 14 de março de 2018”.

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placa
Placa da avenida Rio Branco modificada simbolicamente para o nome de Marielle Franco (Patrícia Zaidan/CLAUDIA)

Leia também: A viúva de Marielle

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