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Menino de 5 anos é deixado sozinho pela patroa da mãe e morre em Recife

A mulher foi autuada por homicídio culposo, pois colocou a criança sozinha em um elevador e apertou o botão do 9º andar

Por Júlia Warken
Atualizado em 4 jun 2020, 11h52 - Publicado em 4 jun 2020, 11h07

Miguel Otávio, de 5 anos, caiu do 9º andar de um prédio e morreu na última terça-feira (2), em Recife. A empregadora da mãe, cujo nome não foi revelado pela polícia, foi autuada por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. O caso aconteceu no conjunto residencial conhecido como “Torres Gêmeas”, no bairro de São José.

A mãe da vítima, Mirtes Renata, é empregada doméstica e havia levado o filho ao trabalho. Ela precisou ausentar-se do apartamento em que trabalha, no 5º andar do prédio, para levar o cachorro dos empregadores para passear. A criança ficou momentaneamente sob os cuidados da dona da residência e, em dado momento, começou a chamar pela mãe. A patroa acabou colocando o menino sozinho num elevador e ele foi parar no 9º andar. Miguel Otávio caiu de uma janela e faleceu.

De acordo com o G1, o delegado Ramón Teixeira, que investiga o caso, afirma que foi a mulher a responsável por fazer com que o menino chegasse ao 9º andar. Ele diz que as câmeras de vigilância mostram a ré colocando a criança sozinha no elevador e apertando um botão no alto do painel.

Presa em flagrante, ela pagou uma fiança de 20 mil reais e irá responder ao processo em liberdade. A Justiça entende que se trata de homicídio culposo, pois a mulher tinha o dever de zelar pela criança enquanto a mãe estava ausente. No apartamento também se encontrava uma manicure, que fazia a unha da ré no momento em que Miguel Otávio chamou pela mãe.

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Vidas negras importam

Miguel Otávio era um menino negro e sua trágica morte aconteceu em meio a um momento de intenso debate sobre racismo. Desde o homicídio do americano George Floyd, homem negro que morreu sufocado por um policial branco, protestos acontecem ao redor do mundo, inclusive no Brasil. O crime aconteceu em Minneapolis no dia 25 de maio.

Uma semana antes, em 18 de maio, outra morte brutal teve grande repercussão aqui no Brasil. João Pedro, garoto negro de 14 anos, foi baleado dentro da casa de sua tia durante uma operação policial em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A polícia invadiu a casa, alegando que bandidos haviam pulado o muro da propriedade e estavam no quintal. Eles entraram atirando e, em entrevista a CLAUDIA, a tia de João Pedro disse que há 71 marcas de bala na residência. Testemunhas afirmam que os tais bandidos não foram vistos no local.

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