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Menina síria retrata sua vida na guerra e cativa até J.K. Rowling

Aos 7 anos, Bana Alabed compartilha com milhares de seguidores no Twitter seu cotidiano em Aleppo, capital da Síria, em meio a bombardeios e destruição

Por Da Redação
Atualizado em 15 abr 2024, 10h31 - Publicado em 25 nov 2016, 16h03
 (Twiiter @alabedbana/Reprodução)
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Nesta sexta-feira (25), a pequena Bana Alabed, de 7 anos, postou em sua conta no Twitter um vídeo em que fumaça de bombas aparecem ao lado de prédios destruídos. “Vocês veem que podemos morrer a qualquer momento. Essa bomba caiu tão perto. Sinceramente, peço que o mundo nos salve agora”, escreveu na legenda. Uma hora depois, compartilhou nova imagem: “Meus amigos, isso não é uma nuvem, são nossas casas”.

Bana mora em Aleppo, capital da Síria, que vive uma guerra civil desde 2011. Ela compartilha seu cotidiano – que inclui os ataques que ocorrem na cidade – em seu perfil Twitter, e já tem quase cem mil seguidores – entre eles, a escritora J.K. Rowling, célebre pela série Harry Potter, que enviou livros e mensagem carinhosa à garotinha.

A mãe de Bana, Fatemah, enviou um tuíte para a escritora dizendo que a filha gostaria de conhecer suas histórias. J.K. Rowling e seu agente prontamente responderam, enviando ebooks para Bana, que agradeceu pelo Twitter. “Também te amo, Bana! Estou pensando em você, fique segura”, respondeu J.K.

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No vídeo abaixo, um dos mais replicados, Bana aparece observando o resultado dos bombardeios da noite anterior:

Na foto a seguir, a menina diz: “Não sei se haviam pessoas dentro dessa casa”. 

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Bana começou com o Twitter, que também tem participação da mãe, em setembro. Em entrevista à Reuters, Fatemah comentou sobre o que esperava conseguir reportando a guerra nas redes sociais: “Nos esforçamos para mostrar às pessoas nossas vidas, para que possam agir. Os vídeos são feitos perto de nossa casa, nosso bairro está em ruínas”.

O sonho de Bana, de acordo com a menina, é ser professora assim como a mãe, que a ensinou inglês, mas a ida a escola foi interrompida por conta dos bombardeios. “Só algumas poucas crianças estão frequentando as aulas. Não vejo meus amigos há muito tempo, estamos separados”, contou ao Mashable. “Não dá para ter uma vida normal, você está sempre com medo. Tem bombardeio o tempo todo, inclusive à noite”.

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