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Mãe que confessou ter matado a filha de 1 ano é indiciada por homicídio

Mulher chegou a dar uma entrevista chorando e relatando desespero pela morte da criança

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 09h08 - Publicado em 1 Maio 2019, 12h34
 (TV Anhanguera/Reprodução)
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Jaqueline Vieira, de 21 anos, confessou ter matado a própria filha, Emanuelly, de 1 ano de idade, no dia 19 de abril, em Santa Rita do Araguaia, no sudoeste de Goiás. A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou a jovem, que responderá por homicídio qualificado, com aumento de pena por ter sido praticado contra descendente.

Anteriormente, o padrasto da vítima, Gabriel Felizardo Silva, tinha admitido, em um vídeo, ter assassinado Emanuelly. Porém, durante a apuração, ele afirmou ter assumido a culpa por acreditar que a mulher estava grávida e não queria que ela fosse detida nessa condição.

A criança, após ser agredida, foi levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O casal alegou que ela havia caído da cama. Os médicos, desconfiados do relato, chamaram a polícia.

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Gabriel, padrasto de Emanuelly, que, antes, tinha assumido a autoria do crime. (TV Anhanguera/Reprodução)

Em depoimento, Gabriel confessou ter batido “com a mão fechada” na enteada porque ela estava chorando e não conseguia dormir. O padrasto isentou a mulher e foi preso em seguida.

Entretanto, a versão contada pelo rapaz não convenceu a polícia. Em depoimento prestado na última segunda-feira (29), Jaqueline confessou o crime.

“Após nós mostrarmos a ela todos os elementos que a investigação já tinha levantado, no sentido de que ela teria sido a autora das agressões, ela então, foi, aos poucos, confessando e dando detalhes de toda dinâmica, de todas as circunstâncias desse fato”, disse Marcos Guerini, delegado responsável pelo caso. 

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De acordo com ele, Jaqueline não era contra a filha. “O motivo, alegado por ela, acabou sendo um motivo íntimo, não de raiva conta a própria criança, foi mais uma explosão de raiva dela mesmo. A criança acabou estando no lugar errado na hora errada”, afirmou Guerini. 

O advogado de Gabriel, Nelson Oliveira Batista, orientou o cliente a dizer a verdade. Segundo ele, o padrasto não queria assumir a situação por Jaqueline e que achava que “ela deveria pagar pelo o que ela fez”. Mesmo assim, o rapaz responderá criminalmente por falsa acusação.

Entenda o caso

No dia 19 de abril, a polícia divulgou um vídeo de Gabriel Felizardo da Silva confessando ter espancado a enteada, Emanuelly, de apenas 1 ano de idade. Segundo o relato, ele agrediu a menina porque ela não parava de chorar e não conseguia dormir.

“Estava tomando uma cerveja lá em casa e depois fui levar minha sobrinha embora. E quando cheguei em casa a criança estava no meio da sala chorando e não queria dormir. Eu pus ela para dormir de novo, ela não quis. Ai eu peguei e bati nela de mão fechada”, afirmou.

O casal chegou a levar Emanuelly para um hospital da cidade. Ela foi transferida para uma unidade de saúde em Rondonópolis (MT), mas não resistiu aos ferimentos.

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Emanuelly, de 1 ano, foi morta pela própria mãe (TV Anhanguera/Reprodução)

A mãe da vítima, Jaqueline Vieira, chegou a dar uma entrevista chorando e relatando desespero pela morte da criança. “Ele me acordou com ela nos braços já toda machucada, desacordada. Eu comecei a chorar em desespero perguntando o que tinha acontecido e ele só falava que encontrou ela no chão machucada, que ela tinha caído da cama. E eu falava: ‘Mas como?’”, contou.

Entretanto, após seguir com as investigações, a polícia apontou uma reviravolta: na realidade, quem tinha cometido o crime era a própria mãe, que confessou o crime.

Segundo Marcos Guerini, Jaqueline foi até a delegacia com o irmão, mas disse a ele que não tinha a intenção de matar a filha.

“Na verdade, ela disse que não tinha a intenção nem de machucar e nem muito menos de matar. Ela não imaginou que esse ato, que essa agressão pudesse ocasionar um ferimento de tamanha gravidade. Então, foi uma situação que, na visão dela, foi um resultado acidental”, afirmou o delegado. 

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“Ela será indiciada por homicídio qualificado, em razão da impossibilidade de defesa da vítima, com aumento de pena em razão de que o crime foi praticado contra descendente”, completou.

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