Mãe é condenada à prisão após defender namorado que matou filho
A agressão foi tão violenta que o intestino da criança foi rompido, espalhando seu conteúdo pelo corpo e causando uma infecção fatal
Kayleigh Siswick, de 27 anos, foi condenada a sete anos de prisão por não ter prestado ajuda a seu filho de 3 anos, Riley Siswick, após seu namorado, Kyle Campbell, 27, ter espancado a criança no abdômen. A agressão fez com que o intestino do garoto rompesse e causasse uma forte infecção, levando-o à morte dois dias depois do ataque. O caso aconteceu na Inglaterra em fevereiro de 2016, mas a sentença foi dada na última quinta-feira (13).
Campbell foi condenado por assassinato e terá que cumprir pena de, no mínimo, 20 anos de prisão. Já a mãe de Riley foi acusada de permitir a morte de seu próprio filho ao não levá-lo ao hospital após as agressões. Segundo o advogado de acusação, Robert Smith, havia evidências de que Kayleigh sabia que seu namorado tinha agredido o garoto.
Justice Turner, juiz responsável pelo caso, alega que Kayleigh tem “habilidades cognitivas limitadas” e “falta de discernimento” em suas ações e, por isso, sua sentença foi reduzida a sete anos.
Entenda o caso
Riley foi encontrado morto em sua casa, em Huddersfield, na Inglaterra, dois dias depois da agressão. Ele estava deitado em sua cama, sobre sua própria urina. Segundo a corte, a suspeita é de que a criança fora atacada por uma apunhalada no abdômen ou agredida com um objeto ou de que o agressor teria pulado ou pisoteado a criança.
De acordo com a Justiça, o golpe feriu Riley tão gravemente que seu intestino foi rompido, espalhando conteúdo gastro-intestinal pelo corpo e causando peritonite, uma infecção severa. O episódio de violência aconteceu quando a criança e Campbell ficaram sozinhos na casa por um período de 35 minutos.
No dia seguinte, a mãe de Riley não o levou para a creche e nem ao hospital, apesar de o garoto ter chorado de dor e vomitado diversas vezes durante o dia. Segundo o casal, eles alegam que acreditavam que a dor seria devido a um problema no estômago, que estaria atingindo grande parte das crianças da creche.
No entanto, Smith defende que a dor “incessante e significativa” de Riley era “óbvia para a pessoa que causou a agressão e qualquer adulto que o visse”. Apesar disso, nem Kayleigh e nem Campbell prestaram socorro à criança.
O juiz Turner afirma que Campbell cometeu “um terrível ato de crueldade egoísta que condenou Riley a uma morte lenta e dolorosa e privou-o de qualquer chance residual de sobrevivência”.
Ainda, de acordo com testemunhas, Campbell e a mãe de Riley não demonstraram arrependimento após receberem a sentença.
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