Luis Felipe Manvailer vira réu por crimes de feminicídio, cárcere e fraude
Preso em penitenciária no Paraná, o rapaz é suspeito de matar a advogada Tatiane Spitzner, e teria tentando se suicidar
Foi aceita pela juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2º Vara Criminal de Guarapuava, a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) contra Luis Felipe Manvailer, professor universitário acusado de matar a esposa, a advogada Tatiane Spitzner, no último dia 22 de junho.
Além do assassinato da moça, classificado pelo MP como feminicídio, Luis Felipe responderá pelos crimes de cárcere privado, fraude processual e homicídio qualificado por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e motivo torpe. Lembrando que são classificados como feminicídio, crimes motivados pelo fato de a vítima ser mulher.
No documento apresentado pelo MP, são relatadas as diversas agressões sofridas por Tatiane após ela e Luis Felipe se desentenderem, em razão de mensagens que o rapaz teria recebido em redes sociais. O que caracterizou a ação do professor como sendo por motivo fútil e desproporcional. Os promotores que atuam no caso, Dúnia Serpa Rampazzo e Pedro Henrique Brazão, afirmam ainda que o laudo da perícia mostra que a vítima teria sido enforcada pelo marido.
Acusado tenta suicídio
Preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava, Luis Felipe nega as acusações e diz que a esposa se jogou espontaneamente da janela do apartamento onde viviam. Sua defesa alega que o casal mantinha um relacionamento “feliz”, mas não se pronunciou sobre as repetidas agressões que a advogada sofreu antes de morrer, registradas pelas câmeras do prédio onde o crime aconteceu.
Nesta terça-feira, 7, foi solicitada a transferência do acusado para um complexo médico penal na região metropolitana de Curitiba, visto que ele teria tentado se matar com uma lâmina de barbear. O documento entregue pelo advogado Cláudio Dalledone Júnior, que defende o suspeito, pede “medidas imediatas” pois “o risco de suicídio é iminente”. O pedido está em análise pela Vara de Corregedoria dos Presídios de Guarapuava.
Já os advogados que representam a família de Tatiane afirmam que não há laudos de médicos ou imagens dos ferimentos causados na tentativa de suicídio. O que deve levar a uma negativa para a transferência.
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