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João de Deus pode superar caso Abdelmassih, afirma MP

Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás, já foram recebidas mais de 200 denúncias

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 12h31 - Publicado em 12 dez 2018, 11h17
Joao de Deus
 (Alan Marques / Folhapress/Reprodução)
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As denúncias de abuso sexual envolvendo o líder espiritual João Teixeira de Faria, o João de Deus, tem potencial para alcançar uma dimensão maior do que o caso de Roger Abdelmassih. A avaliação foi feita por Luciano Miranda Meireles, Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de Goiás.

Roger Abdelmassih, ex-médico de reprodução assistida, foi condenado a pena de 181 anos de prisão por ataques sexuais – estupros, atentados violentos ao pudor e atos libidinosos -, após ter sido acusado por 37 clientes, em atos entre 1995 e 2008.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) informou que recebeu até as 17h desta terça-feira (11) denúncias de 206 mulheres, por abusos, contra o médium João de Deus. Segundo balanço do órgão, existem vítimas de Goiás, Distrito Federal e mais oito estados, além de duas que vivem no exterior: uma nos Estados Unidos e outra na Suíça.

A maioria dos contatos – 156 deles – foi feita por meio do e-mail criado pela instituição exclusivamente para os casos relacionados ao médium (denuncias@mpgo.mp.br)

As acusações

O médiumJoão de Deus foi acusado por dez mulheres de abusos sexuais durante atendimentos espirituais. As violências teriam ocorrido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás. Os relatos foram feitos ao programa Conversa com Bial, da Rede Globo, na última sexta-feira (7).

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João Teixeira de Faria é um médium brasileiro mundialmente famoso. Atende pessoas que buscam cura para doenças e outros tratamentos espirituais há mais de 40 anos em uma pequena cidade de Goiás. Mais de 10 000 pessoas vão até lá para serem atendidas por ele, incluindo muitos estrangeiros.

João de Deus nega as acusações e “rechaça veementemente qualquer prática imprópria nos atendimentos”.

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