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Garota indiana é morta por familiares ao usar calça jeans

Neha Paswan foi espancada e assassinada pelos próprios parentes, que, mergulhados em uma cultura patriarcal, eram contra o uso da peça

Por Da Redação
28 jul 2021, 14h13

Neha Paswan, uma garota indiana encontrada morta na semana passada, foi espancada até a morte por parentes que discordaram de sua escolha de roupas, afirmam testemunhas.

Em fala a BBC Hindi, a mãe da vítima, Shakuntala Devi Paswan, disse que a jovem, de apenas 17 anos, foi espancada com varas por seu avô e seus tios após uma discussão que ocorreu em sua casa sobre a roupa que a garota vestia. Na ocasião, Neha usava uma calça jeans

“Ela manteve um jejum religioso de um dia inteiro. À noite, ela vestiu jeans e um top e fez seus rituais. Quando seus avós se opuseram ao seu traje, Neha respondeu que jeans eram feitos para serem usados ​​e que ela iria usá-los”, contou a mãe.

Shakuntala Devi também relatou que, enquanto sua filha estava inconsciente após as agressões, seus sogros ligaram para um tuk tuk (transporte comum da Ásia) e disseram que a levariam ao hospital. Na tentativa de acompanhar a jovem até a casa de saúde, ela foi impedida. 

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“Alertei meus familiares. Eles foram ao hospital distrital procurando por ela, mas não conseguiram encontrá-la,” disse. 

Aflita, a mãe só teve notícias da filha no dia seguinte, quando soube junto com seus familiares que o corpo de uma menina estava pendurado na ponte sobre o rio Gandak, que percorre a região. Quando foram investigar, descobriram que o corpo era de Neha.

A polícia apresentou um caso de assassinato e destruição de provas contra 10 pessoas, incluindo avós, tios, tias, primos e o motorista do tuk tuk. Os acusados ​​ainda não fizeram qualquer declaração pública.

A mãe também alegou que os sogros e avós da garota constantemente a pressionavam para abandonar seus estudos e a repreendiam por usar roupas diferentes das tradicionais indianas.

Residente do estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia, a vítima vivia na vila de Savreji Kharg, no distrito de Deoria, uma das regiões menos desenvolvidas do estado. Em geral, mulheres e meninas de pequenas cidades e áreas rurais do país vivem sob severas restrições, que se não são cumpridas, geram punições.

Segundo ativistas e especialistas em direitos humanos, no país, a violência contra mulheres e meninas dentro dos lares é um problema devastador. O cenário é alimentado principalmente pela postura machista adotada ou autorizada por homens idosos. Isso explica a recorrência de episódios de agressão a pessoas do gênero feminino. 

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