Funcionária do Vasco é vítima de assédio por torcedores de time rival
"Era real e era para mim. Eu fraquejei, chorei, corri..", conta a assessora do clube carioca Sarah Borborema
A assessora de imprensa do Vasco da Gama Sarah Borborema, 23 anos, foi vítima de assédio por parte da torcida do Fluminense enquanto acompanhava uma partida de futebol dos times pelo Campeonato Estadual do Rio sub-20 neste sábado (28).
Por medida de segurança, a jornalista teve se que deixar o local. “Ouvi coisas muito ruins, como ‘sua gostosa, vou entrar em você, como sua torcida entrou no gramado em São Januário‘. A gota d’água acabou sendo no intervalo, quando fui levar um atleta para falar com a televisão, que estava perto da torcida do Fluminense. Eles começaram a me xingar, chegou a ser um coro: ‘vadia‘, ‘piranha‘”, relatou ao portal UOL.
“Era real e era para mim. Eu fraquejei, chorei, corri..”, conta Sarah em depoimento publicado no site do Vasco.
Imediatamente, Sarah pediu auxílio aos seguranças do Fluminense. “O segurança do Fluminense disse que não poderia fazer nada em relação a isso (…) Quando eu ouvi, eu pensei no movimento #DeixaElaTrabalhar. Fiquei bem abalada e a segurança disse que eu não deveria voltar ali, evitar aquela parte do gramado. E era onde a TV estava, era pedir para não fazer meu trabalho.”
O movimento #DeixaElaTrabalhar é um manifesto de jornalistas que atuam na área do esporte. A iniciativa pede o fim do machismo no setor e mais respeito por parte da torcida, bem como profissionais (dirigente, jogadores, técnicos e mesmos jornalistas) que atuam no esporte às mulheres que trabalham com esporte.
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Em nota divulgada em seu site oficial, o Fluminense condenou o gesto da torcida dirigido a Sarah. “Por ser radicalmente contra a ações desta natureza, o clube pede publicamente desculpas. #DeixaElaTrabalhar.”
O Vasco também prestou solidariedade à funcionária e agradeceu o apoio do Fluminense. “O Club de Regatas Vasco da Gama repudia atos machistas e preconceituosos como os praticados por alguns “torcedores” do Fluminense, agradece ao clube das Laranjeiras pela solidariedade prestada, ratifica seu apoio ao movimento “Deixa Ela Trabalhar” e segue, firme, na batalha para que a Sarah, assim como qualquer outra profissional mulher, seja sempre respeitada.”
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