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Deputado que apalpou Isa Penna na Assembleia de SP é expulso de partido

A decisão do processo de expulsão, que se arrasta desde janeiro, foi tomada nesta segunda-feira (22), após quase um ano do ocorrido

Por Da Redação
23 nov 2021, 12h13
deputadofernandocury
 (Instagram @deputadofernandocury/Reprodução)
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O deputado Fernando Cury, denunciado sob acusação de importunar sexualmente a deputada Isa Penna (PSOL), será expulso do partido Cidadania de São Paulo. A decisão, aprovada nesta segunda-feira (22) por 27 votos a 3, partiu do próprio diretório estadual da associação.

Em dezembro de 2020, Cury foi flagrado pelas câmeras da Assembleia Legislativa de São Paulo apalpando a lateral do corpo de Isa durante uma sessão plenária.

O diretório paulista do Cidadania sentenciou o parlamentar com base no parecer do conselho de ética, que recomendou a expulsão de Cury. A decisão era pra ter sido definida na última reunião do dia 11, porém no evento em questão não houve quórum.

Sobre a decisão, o deputado ainda pode recorrer à direção nacional do partido, no entanto, a tendência é que a expulsão do parlamentar seja mantida, visto que Roberto Freire, o presidente da associação, é um dos autores da representação contra Cury que originou o processo interno no conselho de ética, a qual ele assinou juntamente com o presidente do diretório estadual de São Paulo, o deputado federal Arnaldo Jardim.

Para o presidente do conselho de ética do Cidadania, Alisson Micoski, não há lugar “para alguém com esse tipo de atitude” no partido.

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Se arrastando desde janeiro, o processo de expulsão de Cury é visto pelo acusado como uma ação antidemocrática. De acordo com ele, o partido deveria aguardar o julgamento dos recursos apresentados por ele no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT) contra a tramitação do processo interno.

Outras punições

Ainda em dezembro, o Cidadania afastou Cury das atividades partidárias e deu início ao trâmite de expulsão no conselho de ética, mas o deputado entrou com uma ação no TJ-DFT, o que paralisou o caso.

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu, em março, uma denúncia contra Cury, suspeito de importunação sexual. Em tramitação, o desembargador João Carlos Saletti, do Tribunal de Justiça de São Paulo, irá analisar a defesa do deputado, apresentada no último dia primeiro, para decidir se aceita a denúncia do MPSP e torna Cury réu. 

O deputado também acabou punido pelo plenário da Assembleia com um afastamento temporário de 180 dias do cargo. A pena já foi cumprida e Cury retomou seu mandato no mês passado.

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