Na Espanha, jovem recebe negativa de emprego por não ser homem
"Precisa-se de um homem para aguentar o ritmo, as visitas e receber produção", retornou a Impulsa Comunicação à candidata Carla Forcada
A discriminação de gênero no mercado de trabalho, muitas vezes, acaba passando longe da sutileza. A espanhola Carla Forcada se candidatou ao cargo de executiva de contas da empresa de comunicação Impulsa Comunicación e, ao ser negada, recebeu como justificativa o fato de ela não ser homem. “Buscamos um rapaz, porque as contas que trabalhará são Carglass e Coca-Cola“, escreveu o recrutador por e-mail.
“Acredite em mim, eles precisam de um homem para aguentar o ritmo, as visitas, receber produção, etc”, prossegue a mensagem compartilhada pela jovem em seu perfil no Twitter na quarta-feira (14). Desde então, a imagem com a captura de tela do e-mail já teve 3,2 mil compartilhamentos e 2,9 mil curtidas.
No mesmo dia, o tweet chegou às empresas citadas pela Impulsa, que defenderam a igualdade de gênero.
“A companhia Coca-Cola não trabalha com a Impulsa Comunicación e rechaça esse tipo de respostas discriminatórias. Contamos com uma política de constratação inclusiva, diversa e igualitária. Lamentamos ver nosso nome relacionado com esta resposta discriminatória e infeliz”, escreveu o perfil oficial da marca de refrigerantes na Espanha.
“Olá, Carla. Pedimos desculpas pessoalmente para você e para todas as pessoas ofendidas por essa mensagem. Nós também estamos. Já expressamos nossa posição para a Impulsa Comunicación. Nossa empresa promove igualdade de gênero e atitudes como essa não nos representam”, publicou a empresa especializada em vidros para automóveis.