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Cientistas identificam molécula que inibe o crescimento do câncer

Pesquisadores brasileiros e alemães foram responsáveis pela condução do estudo

Por Da Redação
17 fev 2022, 10h29

Cientistas brasileiros e alemães acabam de dar um passo importante na busca por um composto que pode dar origem a um novo tratamento contra o câncer. Publicada na Journal of Medical Chemistry, a pesquisa mostrou que uma molécula é uma importante inibidora da proteína MPS1, envolvida no crescimento de tumores sólidos.

O alvo da investigação – a MPS1 (monopolar spindle kinase 1) – é uma proteína que pertence à classe das quinases e desempenha um papel crítico no controle da divisão celular. A superexpressão dela tem sido associada a uma variedade de tumores sólidos, entre eles o de mama, pâncreas, glioblastoma e beuroblastoma.

O trabalho vem sendo desenvolvido no Centro de Química Medicinal (CQMED) da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp), com apoio da FAPESP. Os próximos passos envolvem o aprimoramento da molécula e a realização de testes em animais de laboratório e em células tumorais humanas.

A pesquisa

No trabalho, os pesquisadores planejaram e testaram uma pequena molécula que se liga de forma covalente à proteína, um tipo de ligação estável por ocorrer compartilhamento de elétrons entre os dois átomos. “De maneira geral, os compostos se ligam a proteínas-alvo de forma reversível, em equilíbrio dinâmico. A modificação que fizemos nesse composto faz com que ele se ligue de maneira definitiva e isso traz vantagem para o desenvolvimento de um novo medicamento, pois há um prolongamento da ação inibitória na proteína”, explica Rafael Couñago, pesquisador do CQMED e autor do estudo, conforme reportado por Veja.

Atualmente, são conhecidos apenas oito medicamentos inibidores de quinases que se ligam de forma covalente ao alvo. No caso desta pesquisa, os autores exploraram uma característica pouco comum da MPS1, que é a presença de um resíduo do aminoácido cisteína numa posição específica. Das mais de 500 quinases codificadas pelo genoma humano, apenas cinco possuem essa característica. “Isso é favorável em termos de seletividade e potência quando está se desenvolvendo uma molécula inibidora com potencial terapêutico, pois reduz muito a chance de a nossa molécula se ligar a outras quinases [o que poderia causar efeitos adversos]”, explica Ricardo Serafim, que realizou seu pós-doutorado no CQMED com apoio da FAPESP.

 

 

 

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