Caso Henry: agressões podem ter causado a morte; mãe e padastro são presos
A prisão, ainda que temporária, ocorreu após a polícia suspeitar que o casal estava atrapalhando as investigações e ameaçando testemunhas
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (08), como parte do processo de investigação da morte de Henry Borel, de 4 anos, o vereador carioca e padastro de Henry, Dr. Jairinho (Solidariedade), e Monique Medeiros, a mãe da criança. Segundo o G1, a polícia identificou que o casal estava atrapalhando as investigações e ameaçando testemunhas para combinar versões.
Henry foi encontrado morto há exatamente um mês atrás, no dia 8 de março, no apartamento em que Monique vivia com Jairinho.
A polícia acredita que a criança tenha sido agredida pelo padastro com o conhecimento e consentimento da mãe. Os investigadores também suspeitam que Henry tenha sido vítima de tortura por parte do vereador, também com conhecimento de Monique.
De acordo com as descobertas dos policiais, antes do final de semana da morte de Henry, Dr. Jairinho já agredia o menino com chutes, rasteiras e golpes na cabeça, tendo praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o enteado em fevereiro, mês no qual Monique teria tido conhecimento da situação e ainda assim se mantido indiferente.
As suspeitas em questão levam a equipe de investigação a acreditar que o garoto na verdade tenha sido assassinado. Esta hipótese deve ser confirmada com a conclusão do inquérito, que ainda espera esclarecer como o crime foi cometido.
Nas redes sociais, o pai de Henry, Leniel Borel de Almeida, expressou sua indignação e tristeza com a morte do filho.
A ordem de prisão, expedida nesta quarta-feira (07) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital, garante uma prisão temporária de 30 dias do casal acusado. Os dois afirmam, desde o início das investigações, que a morte de Henry foi resultado de um acidente doméstico.