Carro de candidata à Prefeitura de São Vicente, em SP, é alvo de tiros
Solange Freitas estava no carro ao lado de quatro membros de sua equipe. Nenhum deles foi atingido, graças ao carro blindado
Solange Freitas, candidata à Prefeitura de São Vicente, em São Paulo, pelo PSDB, foi alvo de pelo menos cinco tiros na manhã desta quarta-feira (11). Ela estava acompanhada por outras quatro pessoas que fazem parte de sua equipe de campanha em um carro blindado, quando uma moto se aproximou e um homem atirou diversas vezes.
O atentado aconteceu por volta das 10h30 na avenida Prefeito José Monteiro, em São Vicente, na Baixada Santista. A moto se aproximou da janela do banco do passageiro, onde Solange Freitas estava sentada. Nenhum membro da equipe foi atingido e todos passam bem.
Segundo informações da polícia, a candidata estava acompanhada do motorista, um produtor, uma assessora e o candidato a vice-prefeito, Gil do Conselho. A PM faz buscas para tentar prender o autor dos disparos. Imagens de câmeras de monitoramento devem ajudar a identificá-lo.
Essa não é a primeira vez que Solande Freitas é alvo de atentados em meio à campanha. No dia 14 de outubro, seu comitê eleitoral foi invadido durante a madrugada. A porta do local e uma placa na qual estava escrito o nome de Solange foram destruídas, além de a fiação elétrica ter sido roubada.
Pouco mais de uma hora depois do atentado, o PSDB emitiu a seguinte nota:
“O PSDB de São Paulo se solidariza com a candidata a prefeita de São Vicente Solange Freitas e sua equipe, vítimas de um atentado a tiros na manhã desta quarta-feira. Solange é a esperança de dias melhores na cidade e sem dúvida vai seguir firme com esse propósito. O PSDB espera a rápida elucidação do caso pelas autoridades policiais e a exemplar punição de seus autores”.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também falou sobre o ocorrido em suas redes sociais.
“O atentado contra a jornalista Solange Freitas, que concorre à Prefeitura de São Vicente, no litoral de SP, é uma violência condenável e um ataque à democracia”, escreveu.
Mais violência contra mulher em campanha política
Um outro caso de violência ocorreu na terça-feira (10), desta vez na Avenida Paulista, em São Paulo. Patricia Borges, uma mulher transexual, estava distribuindo panfletos da candidata a vereadora Erika Hilton (PSOL), que também é uma mulher trans, quando uma mulher reagiu agressivamente à sua abordagem.
“A moça não quis pegar o panfleto e então eu reforcei: ‘Olha, tem importância, é uma mulher trans, preta, travesti, vamos mudar a estrutura de poder’. Ela respondeu: ‘Eu não, cambada de viado, tem tudo que morrer’. Ela se dirigiu dessa forma a mim e à Erika”, contou Patricia à Folha de São Paulo.
Logo em seguida, a mulher voltou acompanhada de dois homens e uma outra mulher, carregando um bastão de ferro. Os quatro começaram a agredir fisicamente Patrícia com socos e mordidas.
Uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local interveio, mas não prendeu os agressores em flagrante. Segundo o advogado de Patricia, Pedro Martinez, o Boletim de Ocorrência foi prestado como transfobia e agressão corporal. Eles ainda solicitarão o acesso a imagens das câmeras de segurança da entrada do shopping Center 3, onde a vítima estava panfletando.