Carioca cria rede para apoiar quem não sabe ser feliz solteira
Lorena Kaz não era feliz sem namorado e procurou ajuda. A experiência virou exposição, livro e uma comunidade de apoio para outras vítimas do problema
A ilustradora carioca Lorena Kaz tinha 15 anos quando sofreu a primeira desilusão amorosa. O relacionamento durara oito meses, mas deflagrou um longo círculo vicioso. Sempre que alguém partia seu coração, rapidamente procurava outro romance. Ao 29 anos, já colecionava 20 ex-namorados. “Sozinha, eu me sentia incompleta, não conseguia ser feliz sem um parceiro”, conta.
Quando percebeu que seus namoros eram pautados pela dependência, e não apenas por afeto e carinho, decidiu dar um basta. Procurou psiquiatras, psicoterapeutas e passou a praticar meditação. “Resolvi pensar apenas em mim”, diz.
Leia também: Esses relatos vão te ajudar a identificar se você está em um relacionamento abusivo
Durante o processo de desintoxicação, Kaz – que hoje tem 34 anos e há um ano vive sozinha e bem –produziu séries de ilustrações e histórias em quadrinhos inspiradas em suas desilusões amorosas. Reunidos, os desenhos viraram uma exposição itinerante e um livro, ambos intitulados Morrer de Amor e Continuar Vivendo, o último lançado em fevereiro pela editora Amora (R$ 39,90).
Ela criou, ainda, a página do Facebook Projeto Morrer de Amor, que já tem mais de 150 mil seguidores. Por lá, os desenhos de Kaz instigam reflexões sobre relacionamentos abusivos, ansiedade e dependência. Relatos pessoais e pedidos de conselhos chegam aos montes. Muito do que a fundadora do grupo leva para os posts é fruto de sua participação no grupo Mulheres que Amam Demais Anônimas (Mada).
Leia também: CLAUDIA Sexo&Relacionamentos: Sinais de que ele não vale a pena