Câmara realiza sessão solene em homenagem a Marielle Franco
“Não vamos esquecer. As ideias são à prova de bala”, declarou o deputado Jean Willys
Com girassóis em punho e uma faixa preta em sinal de luto, parlamentares de diversos partidos homenagearam, em sessão solene da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (15), a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista dela Anderson Gomes, assassinados na noite de quarta-feira (14) no centro do Rio de Janeiro.
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Conduzida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a sessão foi iniciada com um pronunciamento da deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), prestando solidariedade às famílias. Ela disse estar indignada “face a mais um crime hediondo contra uma mulher negra, do povo, uma ativista dos direitos humanos”.
“Cada uma de nós, sobretudo nós mulheres, nos sentimos morrendo um pouco, no dia de ontem [quarta-feira, 14]. Não vão conseguir calar a voz da Marielle, que vai ser reproduzida por milhões. Estamos muito magoados, não vamos desistir da luta, não vamos permitir que essa luta pelos direitos humanos e pela democracia seja calada”.
Emocionada, Erundina também pediu que um vídeo onde Marielle fala da sua trajetória fosse exibido. Nele, a vereadora destaca sua luta, iniciada no ano 2000, na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, por mais cultura e educação, e em defesa dos negros e pobres.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), se referiu ao crime como una execução, e pediu empenho para que os culpados sejam presos.
“Não vamos esquecer. As ideias são à prova de bala”, disse o deputado Jean Willys (PSOL-RJ). O deputado pediu ao presidente da Casa a criação de uma comissão externa para acompanhar a investigação do assassinato.
Ao final da sessão Rodrigo Maia anunciou que vai criar a comissão externa para acompanhar a investigação do crime.
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