Brasil lidera as mortes diárias por coronavírus em todo o mundo
O país registrou, em 24 horas, 1.039 mortes, acumulando, no total, 24.512 óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde
O Brasil se consolida como o país com o maior número diário de óbitos no mundo por coronavírus, superando os Estados Unidos, que ocupavam a posição até o último domingo (24). Nas últimas 24 horas, morreram 1.039 brasileiros pela Covid-19, acumulando, no total, 24.512 mortes desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde.
Em relação ao número de infecções, o país é o segundo colocado, com 391 mil infectados, ficando atrás apenas dos EUA. Em um dia, foram registradas, no Brasil, 16.324 novas infecções.
Já o país norte-americano lidera o ranking de infectados com 1,6 milhão de casos da doença, no entanto, o número de mortes por lá está começando a cair, com 592 novos óbitos registrados em 24 horas. Por aqui, a expectativa é que os números continuem aumentando.
Enquanto países europeus iniciam a reabertura comercial e o fim do período de isolamento social, a América do Sul é considerada o novo epicentro da pandemia. Um dos motivos para isso, segundo especialistas, é a posição negacionista do presidente Jair Bolsonaro, de seus apoiadores e de outros líderes políticos, além do fracasso da adoção do isolamento social — segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta-feira (27) pela Folha de S. Paulo, o percentual das pessoas que estão saindo de casa subiu para 35%, contra 27% na pesquisa anterior, feita em abril. Os que se mantêm totalmente isolados são 13%, contra 16% da pesquisa anterior.
Lockdown tem apoio de 60%
Ainda de acordo com o Datafolha, a adoção do lockdown, medida radical de restrição à circulação para conter o avanço do coronavírus, é apoiada por 60% da população brasileira, apesar de a taxa de adesão ao isolamento social tenha sofrido queda, como indicado anteriormente.
A pesquisa mostra que 36% são contrários à medida, 2% não souberam responder e 1% afirmaram ser indiferentes. O lockdown já foi imposto nos estados do Maranhão, Pará e Amapá e em cidades do Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
Em São Paulo, o epicentro da doença no Brasil, João Doria anunciou, nesta quarta-feira (27), como funcionarão as novas medidas de isolamento no estado, a partir de 1º de junho. O governador anunciou que prorrogará a quarentena por 15 dias, com flexibilização de acordo com setores do estado.
O governo dividiu as regiões por cinco “fases”, que indicam a situação de cada uma delas frente à pandemia.
- Fase 1 (alerta máximo): fase de contaminação, com liberação apenas para serviços essenciais;
- Fase 2 (controle): fase de atenção, com eventuais liberações;
- Fase 3 (flexibilização): fase controlada, com maior liberação de atividades;
- Fase 4 (abertura parcial): fase decrescente, com menores restrições;
- Fase 5 (normal controlado): dase de controle da doença, liberação de todas as atividades com protocolos).
A capital paulista, por exemplo, se encontra na Fase 2, o que significa que, segundo os critérios estabelecidos, a abertura de vários tipos de negócios, incluindo os comércios, serão permitidos.