Após pressão, atletas lactantes poderão levar seus filhos às Olimpíadas
Os questionamentos da jogadora de basquete Kim Gaucher, que é mãe e amamenta seu filho, surtiram efeito
Na última quarta-feira, o Comitê Organizador das Olimpíadas de Tóquio anunciou que atletas lactantes poderão levar seus filhos para a competição. A autorização se deu após diversas mulheres protestarem contra a restrição de familiares nos Jogos Olímpicos por conta da pandemia de Covid-19.
Em entrevista a Reuters, os organizadores informaram que: “Após consideração cuidadosa da situação única que os atletas enfrentam com crianças amamentando, temos o prazer de confirmar que, quando necessário, atletas que amamentam poderão levar seus filhos ao Japão.”
A restrição de pessoas além dos atletas ocorre para diminuir a transmissão do coronavírus e evitar surtos da doença nos jogos. As competições vão ser assistidas com limite de pessoas e apenas por residentes do Japão, já que torcedores estrangeiros também foram barrados.
“Considerando que os Jogos de Tóquio 2020 acontecerão durante uma pandemia, no geral devemos, infelizmente, recusar que membros da família ou outros companheiros dos atletas os acompanhem aos Jogos”, informou ainda a organização.
A exceção ocorreu após Kim Gaucher, atleta canadense, desabafar sobre ser obrigada a escolher entre competir nas Olimpíadas ou ser mãe lactante. Após sua reivindicação, a jogadora de basquete poderá conciliar as duas funções.
“Tudo que eu sempre quis na minha carreira no basquete foi representar o Canadá nas Olimpíadas. Mas agora estou sendo forçada a decidir entre ser uma mãe que amamenta ou uma atleta olímpica. Eu não posso ter os dois”, contou.