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66% das mulheres vítimas de homicídio no Brasil em 2019 são negras

De acordo com o Atlas da Violência de 2021, a violência doméstica é um dos principais fatores da morte de mulheres no país

Por Da Redação
31 ago 2021, 12h07

As mulheres negras representaram 66% do total de mulheres mortas no país em 2019. Levando em consideração a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, o dado representa 4,1 dos números, enquanto a taxa entre mulheres não negras foi de 2,5, ou seja, quase a metade.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) pelo Atlas da Violência 2021, produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e se referem ao ano de 2019.

A violência doméstica é a principal responsável por esses números. Comparada com as mortes causadas pela violência urbana, nota-se que no país houve um aumento de cerca de 6,1% nas mortes provocadas pelas agressões em casa, somente no ano de 2019. Fora das residências foi detectada uma queda, atingindo a porcentagem ainda significativa de 28,1%.

Ainda segundo o levantamento, os estados do Sudeste, Norte e Nordeste brasileiro são os que mais apresentaram casos de homicídio contra mulheres negras no país, com destaque para a Bahia, que registrou 358 casos.

No geral, uma pessoa negra tem 2,6 mais chances de ser assassinada no Brasil, comparado com uma pessoa não negra. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes negros no país no ano de 2019 foi de 29,2, enquanto a da soma dos amarelos, brancos e indígenas foi de 11,2.

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Os dados analisados pelo Ipea refletem uma realidade histórica que é frequentemente representada nos estudos sobre violência no país. Tendo como base as informações de 2019 do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos do Ministério da Saúde, os dados expõem que a taxa geral de homicídios por 100 mil habitantes em 2019 foi de 21,7.

A pesquisa ainda aponta que os afrodescendentes representaram 77% das vítimas de assassinato no país em 2019, uma porcentagem que está em queda, mas que, pela primeira vez em mais de uma década, apresentou um ritmo muito lento, quase não apresentando diminuição.

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