Após 9 anos, Rachel Maia deixa cargo de CEO da joalheria Pandora
Defensora de causas ligadas à inclusão racial e feminina, a executiva se despede da marca dinamarquesa após uma trajetória de sucesso
Nesta quarta-feira (28), Rachel Maia, 46 anos, deixou o comando da operação brasileira da joalheria dinamarquesa Pandora após 9 anos como CEO. A partir de agora, o cargo será extinto e as operações brasileiras passam a ficar sob a direção para mercados emergentes e América Latina da companhia, informa a joalheria.
Mulheres negras são apenas 0,4% do universo de presidentes de empresas brasileiras, segundo mapeamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), feito em parceria com o Instituto Ethos. Consciente de fazer parte dessa minoria, Rachel sempre fez questão de ser um exemplo inspirador e de trabalhar para que mais mulheres negras cheguem tão longe quanto ela.
“Sou capacitada todos os dias pelos livros que eu leio e pelas pessoas que eu converso. No final do dia, eu tenho a certeza que eu não posso manter esse conhecimento só para mim”, disse em sua participação no Fórum CLAUDIA #EuTenhoDireito no início deste mês. “Eu não posso simplesmente me bastar na minha capacitação. Eu tenho que compartilhar aquilo que aprendi”, completou.
Por isso, Rachel idealizou, com a chancela do Senac de São Paulo, um curso de capacitação que se iniciou em fevereiro deste ano. Terá a duração de 160 horas e as aulas serão dadas no Centro Educacional Unificado (CEU), na paulistana Vila Rubi, região de Interlagos. Cerca de 40 alunos em situação de vulnerabilidade sairão prontos para trabalhar no varejo, com conhecimento em vendas, marketing e estratégias de negociação.
“É business puro, e o varejo tem peso grande para o Brasil. De um lado, estamos aumentando a mão de obra e gerando mais negócios. Do outro, dando possibilidades para as famílias, algum poder e dignidade”, contou, orgulhosa, na nossa edição de dezembro.
45 receitas irresistíveis de sobremesas para a Páscoa
Receitas deliciosas para um almoço de Páscoa