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Agressões virtuais contra mulheres serão investigadas pela Polícia Federal

PF passará a investigar crimes na internet que façam apologia à misoginia (ódio ou aversão à mulheres)

Por Anna Laura Moura Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 abr 2018, 19h57
Portrait of young blond lady sitting on couch with pillow in her hands. Concentrating on computer screen she looking concerned (Thinkstock/Reprodução)
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Mulheres que são agredidas virtualmente poderão fazer sua própria denúncia na Polícia Federal. Infelizmente, é muito comum encontrarmos casos de agressão virtual, desde um xingamento até um caso de revenge porn (fotos íntimas divulgadas propositalmente). 

Por exemplo, uma mulher compartilhou um post no Facebook sobre um protesto feminista, um homem escreveu: “Falta de p****! Protesto altamente político” como justificativa para a mobilização feminina.

Também há casos de perseguição, como esse depoimento de uma fonte para o Jornal Nacional. “Alcançou minha família, meus filhos, meus amigos ao redor. Eu precisei me mudar, mudar minhas redes sociais, mudar telefone, mudar endereço, parar de trabalhar.”

O problema é fazer denúncia e encontrar o criminoso quando ele está sendo protegido pelo anonimato do computador. A notícia boa é que a vítima poderá contar com a ajuda da Polícia Federal, que também investigará crimes com conteúdo misógino (discursos que propagam ódio ou aversão às mulheres) na internet.

“Nós teremos aí mais efetividade prática nas ordens judiciais e teremos também aqui a inclusão como crime daquele que descumprir essas ordens judiciais. Ao mesmo tempo, temos também uma investigação mais contundente, mais profunda, mais técnica feita pela Polícia Federal quando, a partir do uso da internet, forem divulgadas mensagens de ódio contra as mulheres”, disse Renato Opice Blum, coordenador do curso de direito digital do Insper.

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COMO SURGIU A LEI

Foi inspirada na ativista Lola Aronovich, professora da Universidade Federal do Ceará, que desde 2011 vem sofrendo constantes ameaças na internet por ter seus princípios defensores de mulheres. “Eu ainda tenho esperança que a polícia faça alguma coisa, que esses criminosos sejam punidos e que a gente tenha um pouco de, afinal, de paz, que é nosso direito a gente poder ter voz na internet”, conta.

Marina Ganzarolli criou com outras juristas uma rede proteção que impede essa violência. “A gente precisa que o estado brasileiro dê uma resposta eficaz a todas as formas de violência contra a mulher para que a gente mude a realidade dessas estatísticas de violência que são ainda tão alarmantes”, pontua Marina.

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