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Segundo matemático, retorno das aulas em SP causaria 17 mil mortes

Após essa informação, o estado deve adiar a volta que estava prevista para 8 de setembro em cidades na fase amarela

Por Da Redação
Atualizado em 17 jul 2020, 16h19 - Publicado em 17 jul 2020, 16h11
 (Mayu Tanaka / EyeEm/Getty Images)
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Até então programada para setembro, a volta às aulas no estado de São Paulo passará uma revisão e possível adiamento. O centro de contingência contra o coronavírus, responsável por decidir as reaberturas durante a pandemia no estado, que irá decidir a nova data, segundo anuncio feito nesta quinta-feira (16).

A decisão foi motivada pelo questionamento apresentado pelo matemático Eduardo Massad, professor titular da Escola de Matemática Aplicada Fundação Getúlio Vargas (FGV), que estimou 17 mil óbitos em todo o país caso as aulas voltassem em setembro. A fala foi dita durante um painel virtual organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) e o Instituto Butantan nesta quarta-feira (14). Para Massad, “as aulas absolutamente não podem voltar em setembro. Nós temos hoje no Brasil 500 mil crianças portadoras do vírus zanzando por aí. Se você reabrir agora em agosto, mesmo usando máscara, mesmo botando distância de dois metros. No primeiro dia de aula nós vamos ter 1.700 novas infecções, com 38 óbitos. Isso vai dobrar depois de 10 dias e quadruplicar depois de 15 dias. Então, abrir as escolas agora é genocídio”, disse.

Em coletiva, o médico João Gabbardo, coordenador-executivo do centro de contingência contra o coronavírus, respondeu ao questionamento feito pelo matemático. “Em função dessas novas informações, a gente pediu para que o centro de contingencia, que tem discutido isso com o secretário da educação, faça uma reavaliação daquilo que já foi definido. Tão logo nós tenhamos essas informações, a gente vai trazer aqui para a entrevista coletiva”, comentou.

De acordo com o governo do estado, a previsão era de reabrir as escolas a partir de 08 de setembro nas cidades, em que a fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização estivesse instalada há 28 dias pelo menos. Além disso, o governo informou que as aulas seriam mescladas entre o modo presencial e virtual.

Na terça-feira (14), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, também alertou sobre o cenário crítico que o estado ainda enfrenta. “Embora muitos tenham a falsa sensação de que estamos em um momento de inflexão, de platô, na realidade esses casos ainda devem continuar aumentando. Da mesma forma, o número de óbitos deve continuar aumentando”, afirmou.

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