5 perguntas para Claudia Matarazzo
A jornalista já lançou livros de etiqueta como "Amor sem Frescura" e conversou com a gente sobre bons modos
Qual é a etiqueta com o celular quando se está entre amigos?
O ideal, claro, é priorizar o amigo que está na sua frente e deixar para checar o Instagram, o Facebook e tudo mais depois. No mínimo, deixar o celular em cima da mesa, mas virado para baixo, para a tela não ficar acendendo a todo momento. Atender, só se for urgente. Pode retornar a ligação ou responder o WhatsApp depois? Ótimo, faça isso e curta os seus amigos! Responda só se for o chefe ou se a questão requer imediatismo mesmo.
Se quero dar um presente para a chefia ou para um cliente no final do ano, o que é o ideal?
Muitas pessoas exageram na importância dessa escolha. Tenha em mente que ninguém é demitido ou promovido por conta do presente, então, não há motivo para tanta preocupação. Assim como não há motivo para exagerar e mandar gravar o nome da chefe em um objeto, por favor. Tente dar algo simples e de que ele ou ela gosta. Vinho é legal, mas, se você sabe que a pessoa gosta de cachaça, que tal uma cachaça envelhecida?
Quando os amigos jantam na minha casa, tudo bem pedir para que levem algo?
Sem dúvida. Fale se prefere uma bebida, ou se é melhor a sobremesa. É até legal, porque eles vão saber que estão acrescentando. O que vale é o prazer da companhia, e não se preocupar em ter absolutamente tudo em casa ou em oferecer o jantar perfeito.
Restaurante e crianças pequenas: a etiqueta vale para elas?
Claro. Os pais precisam ensinar bons modos aos filhos. Quanto antes eles aprenderem a comer à mesa, sem bagunça, mais sociáveis serão e mais as pessoas vão querer a companhia deles. Vejo muitos pais que entregam o tablet para que os filhos fiquem quietinhos durante o almoço ou jantar. Não é o ideal, porque é preciso, além de ensinar bons modos, estimular a criança a interagir, participar do evento. Ou ela vai crescer achando que sair com os outros é se isolar e se comportar como quiser. Giz de cera e papel são interessantes para os pequenos, que vão ficar sentados, ora desenhando, ora participando da conversa.
Você escreveu um post condenando a nova moda de soltar borboletas nas festas de casamento. Essa moda é cafona?
Muito! Festa de casamento não é circo. É para ser caprichada, acolhedora, animada, mas não precisa de atrações mirabolantes. Há uma mania de transformar qualquer reunião ou festa em um “evento”. Já vi festas com três bandas sertanejas. Para que isso, me conta? Uma banda está de bom tamanho, não? É muita ostentação. Borboletas? Menos, né?